Terremoto no leste do Afeganistão deixa mais de mil mortos

Mais de mil pessoas morreram e 1500 ficaram feridas em um terremoto que afetou na madrugada desta quarta-feira (22) uma área isolada da região leste do Afeganistão, anunciaram as autoridades, que temem um balanço ainda maior de vítimas.

“As pessoas cavam e cavam sepulturas”, disse o secretário de Informação e Cultura da província de Paktika, Mohammad Amin Huzaifa.

Na província, a mais afetada ao lado de Khost, o balanço alcançou “mil mortos e os números estão aumentando”, declarou. E pelo menos 600 pessoas ficaram feridas.

“Está chovendo e as casas estão destruídas. Não há lugar para abrigo ou comida. Ainda temos pessoas presas entre os escombros. Precisamos de ajuda imediata”, afirmou.

O tremor de 5,9 graus aconteceu a 10 km de profundidade, às 1h30, em uma área de difícil acesso perto da fronteira com o Paquistão, informou o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Um segundo tremor de 4,5 graus aconteceu na mesma área e com poucos minutos de intervalo.

“Pedimos às agências de ajuda que proporcionem assistência imediata às vítimas do terremoto para evitar um desastre humanitário”, afirmou o vice-porta-voz do governo, Bilal Karimi. Ele indicou que várias casas foram destruídas e muitas pessoas estão presas nos destroços.

Yaqub Manzor, líder tribal de Paktika, disse que muitos feridos são do distrito de Giyan e foram transportados em ambulâncias e helicópteros.

“Os mercados locais estão fechados e as pessoas correram para ajudar nas áreas afetadas”, declarou à AFP por telefone.

Fotos de casas destruídas nesta região rural pobre e isolada foram divulgadas nas redes sociais. Vídeos mostram alguns moradores carregandos feridos até um helicóptero.

Os serviços de emergência do país, limitados há muitos anos em número de funcionários e capacidade, não estão preparados para enfrentar catástrofes naturais de grandes proporções.

“Grande parte da região é montanhosa e os deslocamentos são difíceis. Vamos precisar de tempo para transportar os falecidos e os feridos”, explicou o ministro de Gestão de Desastres Naturais, Mohamad Abas Akhund.

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