Temer quer que Rodrigo Maia o represente no encerramento da Olimpíada

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O Palácio do Planalto sondou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a possibilidade de ele substituir o presidente em exercício, Michel Temer, na cerimônia de encerramento das Olimpíadas do Rio de Janeiro, no próximo dia 21. Com receio de ser novamente vaiado, o interino analisa se ausentar da final do evento. Oficialmente, o Planalto diz que a participação dele ainda não está decidida.

Assim como a abertura, a festa de encerramento será às 20h do domingo, no Maracanã. Os detalhes da cerimônia — que também será dirigida por Fernando Meirelles, Daniela Thomas e Andrucha Waddginton — são mantidos em sigilo, apesar de anunciado que haverá baterias das principais escolas de samba do Rio de Janeiro. Pelo protocolo, não há manifestação do presidente da República ou de representante no encerramento, apenas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e do governador de Tóquio, Yuriko Koike, que vão receber a responsabilidade da organização das Olimpíadas de 2020.

Na solenidade que deu início aos jogos, em 5 de agosto, Temer não teve seu nome anunciado numa tentativa de evitar ser vaiado num evento com dimensão mundial. Não adiantou. Na parte final da cerimônia, Temer oficializou a abertura: “Após esse maravilhoso espetáculo, declaro abertos os Jogos Olímpicos do Rio, celebrando a 31ª Olimpíada da Era Moderna”, disse, em poucos segundos.

Ao perceber que era o presidente interino que estava com a palavra, a plateia que assistia ao show de abertura no estádio rapidamente parou de aplaudir e começou a vaiar. Quem assistia pela tevê percebeu um mix de aplausos com vaias, que logo foi suprimido por fogos de artifício e pela música. Antes de embarcar para o Rio, o interino já havia reforçado que estaria “preparadíssimo” para receber críticas do público na solenidade.

Linha sucessória
Temer chegou a citar o escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980) para reforçar que não temia manifestação contrária. “Estou preparadíssimo para as vaias. No Maracanã, como dizia o Nelson Rodrigues, se vaia até minuto de silêncio. Estou preparadíssimo, não tenho a menor dúvida disso. E tenho de cumprir esse dever institucional”, afirmou.

Eleito presidente da Câmara há um mês e com o afastamento de Dilma Rousseff, Maia é o segundo na linha de sucessão no Planalto. É ele que vai substituir Temer na primeira semana de setembro, quando o peemedebista viajar para a China para participar do G-20, caso a petista seja definitivamente afastada pelo Senado.

Convidado pelo embaixador chinês, Lee Jinzhang, Temer fará antes, em 2 de setembro, um encontro bilateral com o presidente Xí Jìnpíng. Ele convidou Temer a ir de trem-bala de Xangai, onde será realizado um seminário internacional, para Hanjou, sede do encontro do G-20. (CB)

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