Servidores do INSS anunciam greve contra reabertura das agências, prevista para esta segunda (14)

O governo anunciou a reabertura de cerca de 650, das 1.500 agências do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para atendimento presencial na próxima segunda-feira (14), mas representantes dos servidores orientam greve sanitária contra a medida.

Cristiano Machado, diretor do Sinsprev e da Fenasps (entidades que representam os trabalhadores), diz que a categoria reivindica a manutenção do trabalho remoto e afirma que, caso o INSS mantenha a reabertura para a próxima segunda (14), os servidores não deverão retornar aos locais de trabalho.

A categoria queixa-se da falta de segurança e higiene nos postos. “Entendemos que não há uma política séria do governo de controle da pandemia, não há nenhuma vacina ainda que garanta a não contaminação, não é o momento de abrir”, diz o dirigente.

A reabertura dos postos do INSS chegou a ser adiada sete vezes por causa da resistência dos seus servidores. Em 31 de julho, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho anunciou o pedido de exoneração de 52 servidores que ocupavam cargos de confiança na estrutura da Perícia Médica Federal e não concordavam com a reabertura das agências, alegando risco de contágio dos profissionais pelo novo coronavírus.

O INSS vai reabrir na segunda suas maiores agências, responsáveis por cerca de 70% da demanda, das 7h às 13h. Para ser atendido o segurado precisa agendar data e hora pelo Meu INSS ou pelo telefone 135. O agendamento, porém, não tranquiliza os servidores.

“Mesmo com a perspectiva de atender apenas os agendamentos, não temos nenhuma garantia de que os segurados não agendados não irão comparecer, porque muitas pessoas estão com dificuldade de acesso ao Meu INSS, muitas pessoas não conseguiram acessar os direitos, o governo continuou com a política de restrição de acesso aos auxílios”, diz o direitor do Sinsprev.

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