Reunião entre órgãos de defesa do consumidor e varejistas realizada pelo MPPE busca compreender alta de preços de gêneros alimentícios

O Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Pernambuco (Caop Consumidor do MPPE) realizou uma reunião juntamente com diversos representantes de entidades de defesa do consumidor, Procons municipais e o Procon Pernambuco, assim como representantes do Ministério da Agricultura, Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), (Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ordem dos Advogados do Brasil-PE, além de promotores de Justiça do MPPE para discutir sobre os atuais aumentos de preços de gêneros alimentícios e debater possíveis soluções.

O diretor de comercialização e abastecimento do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, atestou que a taxa de câmbio passou a incentivar as exportações dos produtos agrícolas. E mesmo com a safra de arroz recorde no Brasil, produzindo muito acima do consumo, o produto aumentou de preço nas prateleiras dos supermercados nacionais. Assim, as exportações começaram a crescer mais que o esperado, especialmente para a Ásia. “Combinado com o fim da entressafra, que vai até novembro, é natural que os preços aumentem. Não há falta de produto, e sim estoque suficiente, mas que quem tem o produto está o retendo para poder vender por um preço maior amanhã”, revelou ele. Segundo Farnese, em janeiro deve se iniciar nova safra no Brasil. Estima-se, então, uma maior oferta da produção e os preços devem cair.

O representante da Ceasa, Paulo de Tarso, afirmou que o consumo no ano de 2020, em relação a 2019, aumentou em 15%. Daí, a lei da oferta e procura afeta o comportamento dos preços. “A carne bovina também foi afetada devido à exportação e à variação cambial, aliada ao aumento do consumo”, assegurou ele.

(MPPE)

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