Réu da Lava Jato acusa PT e Haddad de calote de R$ 2,6 mi

Réu na Operação Lava Jato, Giovane Favieri acusa o diretório municipal do PT e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad de terem dado um calote de R$ 2,66 milhões em sua empresa.

Favieri é sócio da F5BI produções Ltda, o maior fornecedor da campanha eleitoral de Haddad no ano passado. Em junho, a empresa recorreu à Justiça para tentar obter o pagamento da dívida e solicitou, inclusive, a apreensão de bens dos devedores. O caso ainda não foi julgado.

Na campanha de Haddad, a empresa prestou serviços de infraestrutura de comunicação para rádio, TV e internet. Segundo o advogado Rui Gebara Portão, que representa o empresário no processo, a F5BI forneceu, além dos equipamentos de comunicação, dois prédios para a campanha, com serviços de limpeza, segurança e transportes, bem como alimentação para equipe de 300 pessoas.

Segundo a prestação de contas de Haddad, as despesas com a F5BI atingiram R$ 3,55 milhões. Desse total, diz Favieri, a campanha pagou somente R$ 653 mil.

No final de outubro, após a derrota na eleição, foi firmado acordo de parcelamento da dívida, que seria paga em 23 prestações de R$ 120 mil e uma 24ª de R$ 140 mil.

Segundo o empresário, apenas duas parcelas foram quitadas. “Em nenhum momento, a empresa deixou de oferecer o que foi estabelecido em contrato, sem qualquer tipo de interrupção ou prejuízo à campanha, apesar da mora e do conseguinte calote ao pagamento”, diz a ação.

Favieri afirmou que, por conta da dívida da campanha, sua empresa se encontra em uma situação delicada e pediu à Justiça que o pagamento das custas processuais (cerca de R$ 26.600) ocorra apenas após o término da ação ou seja parcelado.

De acordo com a prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, a campanha de Haddad custou R$ 16,16 milhões. O total recebido em doações, no entanto, não passou dos R$ 7,6 milhões.

O PT disse à reportagem que não comentaria o caso, pois não foi notificado pela Justiça da ação. A assessoria de Haddad declarou que ele admite a dívida. “Como reza a lei, as dívidas da campanha foram repassadas para o diretório municipal do partido.” (FolhaPress).

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