Renegociação de débitos rurais é defendida por Fernando Bezerra e aprovada no Senado

Por unanimidade, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (4), relatório de Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) favorável a projeto de lei que estabelece procedimentos para a recomposição de débitos relativos a créditos rurais. “É uma proposta que não gera impacto fiscal ao país; mas, sim, agiliza a renegociação das dívidas e desburocratiza a contratação de novos financiamentos por agricultores junto a instituições de crédito”, explica o relator. “Um auxílio para que o setor possa pagar seus débitos e voltar a produzir, contribuindo para o reaquecimento da economia e a geração de empregos”, completa Fernando Bezerra.

De autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), o PLS 354/2014 estabelece normas básicas para a renegociação de dívidas junto a instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR). Conforme a matéria, os procedimentos serão regulados pelo Manual de Crédito Rural (MCR) do Banco Central e o prazo para a resolução será de 180 dias, podendo ser prorrogado por igual período.

De acordo com o projeto de lei, a análise da proposta de quitação do débito – apresentada pelo produtor rural à instituição de crédito – será orientada pela legalidade do cálculo, a capacidade de pagamento do requerente e a possibilidade fática de cumprimento da negociação. Como observa o senador Fernando Bezerra, o PLS 354/2014 também permite a redução da judicialização de conflitos relativos a débitos rurais e, ainda, a economia de recursos da União utilizados na chamada securitização das dívidas.

Depois de ser votado em turno suplementar pela CAE, o projeto seguirá para votação na Câmara dos Deputados. Ano passado, Fernando Bezerra Coelho foi relator da Medida Provisória 733/2016, que ficou conhecida como “MP da Dívida Rural”. Aprovada pelas duas Casas do Congresso Nacional, a matéria foi convertida na Lei 13.340/2016. Tal legislação beneficia produtores rurais de todo o país – principalmente, mais de um milhão de agropecuaristas do semiárido nordestino – ao permitir a renegociação de débitos contraídos ao longo dos últimos dez anos e com rebates (descontos) que podem chegar a 95%.

ORÇAMENTO DA UNIÃO – Também por unanimidade, a CAE aprovou relatório do senador Fernando Bezerra favorável a emendas do colegiado ao Projeto de Lei 1/2017 do Congresso Nacional, que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano. Das 74 propostas apresentadas por senadores que integram a comissão, o relator acatou 15 emendas ao texto da LDO/2018 e duas referentes ao Anexo de Prioridades e Metas da lei.

Uma delas, de autoria do senador Raimundo Lira (PMDB-PB) e que abriga emendas de outros 11 senadores – trata da Promoção do Desenvolvimento de Micro e Pequenas Empresas. A outra emenda ao Anexo – apresentada por Fernando Bezerra e que engloba emendas de seis senadores – propõe o Desenvolvimento de Cargueiro Tático Militar relativo ao Projeto KG-X.

O relatório de Bezerra Coelho será remetido à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). O colegiado é responsável pela consolidação do projeto final que será votado em sessão do Congresso Nacional.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL – Ainda durante a reunião deliberativa de hoje da CAE do Senado, os parlamentares aprovaram relatório do senador Dalirio Beber (PSDB-SC) favorável a projeto de lei de Fernando Bezerra. O PLS 18/2016 – que também será votado em turno suplementar na Comissão de Assuntos Estratégicos – propõe regular a recuperação judicial e extrajudicial como também a falência de empresas. O objetivo da matéria é garantir maior segurança jurídica aos negócios firmados com empresários ou sociedades empresariais em recuperação judicial.

“Sabemos que o país vive uma de suas piores crises econômicas, que acarretou elevação de custos e restrição de crédito ao empresariado”, destacou Dalírio Beber, que, no relatório ao projeto de lei, fixou como marco temporal a data do deferimento do processamento da recuperação judicial. “Para trazer mais segurança jurídica àquela empresa que já se encontra em dificuldades financeiras e operacionais”, explicou o relator do PLS 18/2016.

1 Comentário

  1. Antonio oliveira chaves

    23 de outubro de 2017 em 01:15

    Esta lei 13.340/2016 para negociar dividas rurais,ou foi mal elaborada, ou foi feita por Acionista do Banco do Brasil, tirou este Banco fora da obrigação de negociar só tem rebate para pagamento a vista em Dezembro 2017,tomei 30.000.00 e querem que pago 50.000.00, disse que é porque meu contrato foi por TJLP,fique decepcionado,chego a pensar que esta lei não foi feita para salvar os produtores sofrido da seca,e sim para salvar só os eleitores de Fernando Bezerra e Eunício Oliveira,Mineiros e Baiano com dividas no Banco Brasil se ferrou com esta lei,Banco do Nordeste concede 3 anos de carência 10 anos de prazo com desconto,onde está a igualdade social.não estão querendo resolver o problema,ficam escolhendo data de contrato fonte de verbas etc,é sofrimento mais sofrimento até chegar as eleições,atitude destes políticos está sendo desumana.

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