Região de Paulo Afonso e Glória na Bahia enfrenta desafio para conter avanço das baronesas

Velha conhecida das regiões por onde o Rio São Francisco passa, as baronesas, plantas aquáticas que representam um dos principais indicativos visíveis de má qualidade da água, se proliferam com rapidez nas águas do Velho Chico, nas cidades de Paulo Afonso e Glória, na Bahia. As duas cidades, que enfrentam problemas de saneamento básico, foram contempladas com a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), iniciativa totalmente custeada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Francisco (CBHSF). Em fase de execução, acredita-se que o PMSB vai ajudar a resolver a questão do tratamento de esgoto e, consequentemente, com a diminuição das indesejadas macrófitas.

A região, que como a maior parte dos municípios brasileiros ainda despeja parte dos seus dejetos in natura no Rio São Francisco, também vem amargando, nos últimos anos, a proliferação de toneladas dessas plantas vindas de outras regiões e até mesmo de outros estados.

E foi com o objetivo de discutir essa situação e apontar os responsáveis por iniciativas que visem o controle e a qualidade da água, que o Ministério Público da Bahia, através da Promotoria de Justiça Regional Ambiental de Paulo Afonso, realizou uma audiência pública com diversos atores com participação e obrigações em relação aos cuidados com o Velho Chico. O encontro reuniu a comunidade local, representantes do poder executivo e legislativo das cidades, órgãos ambientais, universidades, associações de pescadores e empresas de saneamento. Apoiando a iniciativa, CBHSF também esteve presente através do vice-presidente Maciel Oliveira.

“O Comitê foi um dos apoiadores da Audiência Pública convocada pelo Ministério Público da Bahia, e tivemos a oportunidade de apresentar os trabalhos do colegiado, em especial a elaboração dos Planos Municipais de Saneamento. É importante destacar que, desde 2013 com as reduções das vazões, o Comitê alerta sobre os riscos para a qualidade da água, quer dizer, quanto menos água no São Francisco, menor será a capacidade de diluição. O problema na região de Paulo Afonso é muito grave e está causado prejuízos no abastecimento humano e na economia local, seja no turismo ou nas psiculturas. Mas temos que entender que todos têm sua parcela de contribuição com o que está acontecendo com a superpopulação de macrófitas, seja pelo despejo de esgoto doméstico, uso desordenado de fertilizantes, a grande concentração de tanques rede no lago de Itaparica e também por falta de gestão”, destacou o vice-presidente do CBHSF.

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