Refúgio Tatu Bola é discutido durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente, no Recife

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Durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que aconteceu na manhã de quinta (29), no Recife, a gestora da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Denise Lima, apresentou aos demais membros do Conselho, um documento assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina e Região, Câmara de Vereadores de Petrolina e secretarias ambientais de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista;  que será encaminhado ao Governo do Estado solicitando a revogação do decreto que institui o Refúgio de Vida Silvestre Tatu Bola, criado em agosto do ano passado. A carta reflete o posicionamento das comunidades sertanejas que alegam não terem sido ouvidas no processo de construção da Reserva, e que serão diretamente atingidas por suas diretrizes.

Esta semana, mais uma vez, agricultores e representantes de localidades de Petrolina, bem como lideranças políticas e comunitárias, estiveram reunidos na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina e Região, para deliberarem sobre o assunto. Na verdade, o sertanejo não é contra a criação de uma Unidade de Conservação. No entanto, defendem que o processo seja feito de maneira que haja um equilíbrio entre o ser humano e o Meio Ambiente.

“Levando em consideração que temos cerca de vinte mil pessoas que integram as áreas que estão dentro do entorno do Refúgio que foi criado; que estas pessoas alegam não terem sido ouvidas antes e que não possuem informações sobre como será a possibilidade de continuarem trabalhando suas culturas de plantio e de criação de animais; dentre outros aspectos, sugerimos a revogação do decreto. É importante ressaltar que a conservação do Meio Ambiente deve ser feita em equilíbrio com o bem estar do homem”, pontua Denise Lima.

De acordo com o projeto inicial, o refúgio abrange uma área de 110 mil hectares, compreendendo trechos de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. Somente este ano, o Consema colocou a proposta de mudança de nomenclatura de Refúgio para Área de Proteção Ambiental (APA), mas nas ocasiões em que o assunto foi discutido não houve quórum para a deliberação.

“Se a criação do Refúgio foi um equívoco, através destas reuniões, das audiências públicas, enfim, estamos dando a opção de que eles mudem o projeto, consertem esse erro. O que não pode acontecer é o que vemos agora, ou seja, agricultores inseguros, receosos, sem saber o que será de seu futuro. Temos que unir forças, detalhar informações e levar ao conhecimento do Estado, até para que a gente possa sensibilizar quem tem o poder para mudar alguma coisa”, enfatiza o diretor de Meio Ambiente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina e Região, Maurício José da Silva.

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