Reforma administrativa de Paulo será inspirada em Eduardo Campos

A reforma administrativa do governador Paulo Câmara (PSB) para o segundo mandato à frente do Palácio do Campo das Princesas será inspirada no ex-governador Eduardo Campos, morto em 2014: haverá rodízio de secretários e o número de secretarias será o atual, nos moldes deixado pelo padrinho político. O projeto com a alteração da estrutura estadual segue hoje para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e, segundo o gestor, os nomes serão anunciados entre 27 e 28 deste mês.

Atualmente, há 22 pastas, além de Casa Militar e Procuradoria Geral do Estado – que possui status de secretaria. “Estamos trabalhando com número de pastas atuais, que já foi reduzido lá trás, ainda por Eduardo Campos, e a gente manteve. Devemos fazer algumas alterações para otimizar o serviço. Queremos oferecer serviços públicos melhores a Pernambuco e esses quatro primeiros anos mostraram que precisamos de ajustes”, disse Câmara.

Para manter a quantidade de secretarias atuais, haverá fusão de algumas existentes – como a de Cidades, de Transportes e outra para formar a pasta de Infraestrutura – e criando algumas novas – como a de Recursos Hídricos. Esta, aliás, deve ficar com Roberto Tavares, atual presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Há também a possibilidade de fusão entre Turismo e Desenvolvimento Econômico.

Os atuais secretários de Defesa Social, Antônio de Pádua, e de Educação, Fred Amâncio, serão mantidos nos respectivos espaços. Outros nomes também permanecerão no governo estadual, como Nilton Mota (deputado estadual licenciado), José Neto (chefe de gabinete), André Campos (Casa Civil), Marcelo Barros (Fazenda) e Márcio Stefanni (Turismo), porém em outros espaços. Ao menos, um deputado estadual da coligação PSB, MDB e PSD será convocado.

A pasta de Imprensa deverá ganhar o nome de Comunicação e terá de volta os recursos de publicidade institucional, hoje concentrada na Casa Civil. A Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, que poderia ser desmembrada, deverá manter a estrutura atual e deverá ficar com o PT. Outros partidos que terão espaço no primeiro escalão serão MDB, PCdoB, PDT, PP e PSD. Câmara, todavia, ainda tem algumas reuniões para alinhar as indicações.

Já o PR, cujo comando saiu das mãos do deputado federal Sebastião Oliveira, aliado de Câmara, para a do prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, opositor, é uma incógnita no secretariado. O partido ocupava a Secretaria de Transportes. Sem qualquer aceno a Ferreira, o governador sinalizou que manterá relação com os aliados do partido. “Vou continuar conversando tanto com Sebastião quanto com os deputados do PR, porque nossa intenção é agregar cada vez mais. Eles têm me ajudado muito a governar Pernambuco e vão continuar me ajudando nos próximos quatro anos”, afirmou.

Do PR, o deputado estadual Rogério Leão foi reeleito e Henrique Queiroz está de saída. Henrique Queiroz Filho assume o mandato na Alepe a partir de fevereiro de 2019. Ligados a Oliveira, ambos devem se manter na base governista.

Emendas
Em meio à articulação dos deputados estaduais para assegurar que as emendas impositivas não executadas no exercício fiquem como restos a pagar no ano seguinte, o governador, que tem sido criticado por não liberar os recursos, evitou atrito com os parlamentares.

“As emendas têm um rito e estamos buscando, dentro do que passa pelo rito, executar. Tem coisas que conseguimos executar em 2018 e outras ações que vão ficar para 2019”, afirmou, sinalizando que tentaria executar o máximo. “Porque as emendas tem o olhar do deputado para sua base política em ações que possam ajudar os municípios”, acrescentou.

O Projeto de Emenda à Constituição no 13/2018, de autoria do deputado Rodrigo Novaes (PSD), deverá entrar em pauta junto com a reforma administrativa em sessões extraordinárias entre Natal e Réveillon. (FolhaPE)

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