Recife (PE): Segundo pesquisador da USP, a capital pernambucana está na direção de resolver epidemia

Desde quando iniciou o estudo de monitoramento dos números relativos à Covid-19 no país, o professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), Renato Vicente, estava acostumado a utilizar como exemplo de desaceleração contínua da curva de contágio do coronavírus o cenário da Nova Zelândia. O país da Oceania tomou uma série de medidas como o isolamento social, a testagem em massa e o fechamento das fronteiras e chegou a zerar o registro de novos casos. Há cerca de uma semana, porém, o pesquisador decidiu passar a usar um outro exemplo como referência de desaceleração. Desta vez, escolheu um case que demonstrasse uma realidade nacional. O local escolhido foi o Recife, que já havia sido apontado como a primeira capital brasileira a chegar ao nível de desaceleração e que se mantém nesse estágio há 60 dias.

“O Recife é um exemplo. Recife é um ótimo exemplo do que está acontecendo. A curva de velocidade está realmente decaindo já faz vários dias, desde 15 de maio. Bastante tempo já. O que indica que o Recife está na direção de resolver a epidemia”, comenta o professor, que, durante a pandemia, além do trabalho na USP, faz parte da coalizão de pesquisadores e empresas Covid Radar. O coletivo tem contribuído com a implantação de modelos matemáticos para monitorar o andamento da pandemia no Brasil. Um trabalho que promove o acompanhamento diário dos números de todos os estados e municípios brasileiros.

Na última semana de junho, o estudo foi divulgado pela Folha de São Paulo e colocava o Recife como a única capital do país a apresentar um quadro de desaceleração no número de novos casos e óbitos. De lá para cá, outras cidades alcançaram esse estágio, mas, ainda assim, a escolha pelo Recife como referência se manteve.

(Fonte: DP)

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