Rebelião em presídio de Feira de Santana chega ao fim

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Chegou ao fim por volta de 8h30 desta segunda-feira, 25, a rebelião ocorrida no Pavilhão 10 do Conjunto Penal de Feira de Santana, a 109 km de Salvador, que já durava 18 horas.

As negociações, interrompidas na noite deste domingo, 24, foram retomadas por volta de 7h. O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, chegou à cidade nesta manhã e também participou das negociações entre a polícia e os presos. Ele confirmou que uma coletiva de imprensa será realizada ainda nesta manhã para esclarecer a situação.

Os detentos deixaram o pavilhão em duplas e foram encaminhados para outros setores do Conjunto Penal. Já os reféns começaram a sair por volta de 10h. Após a liberação da área, agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizarão a perícia.

Oitava morte

Foi confirmada a morte do detento Jailson Lázaro, conhecido pelo apelido de “Escrepildes”, acusado de homicídio e assalto. Esta foi a oitava morte desde o início da rebelião, que também deixou cinco detentos feridos. Quatro deles já receberam alta do Hospital Geral Clériston Andrade.

De acordo com o diretor do presídio, Cleriston Leite, o motim aconteceu no pavilhão 10, que tem capacidade para 152 pessoas, mas estava com 340 presos. “A guerra entre as facções os levou a se rebelarem. Um grupo quer comandar os presos e por isso eles se desentenderam”, afirmou.

Segundo informação de familiares dos presos, a rebelião começou a partir de uma briga entre integrantes das facções CT – comandada por Aroldo Brito, que foi morto – e Caveira. A ordem para matar o líder da CT teria partido de um ex-detento.

O grupo pediu a presença da imprensa, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Feira de Santana no local. Segundo o coronel da PM Adelmário Xavier, comandante da Regional Leste, todas as exigências foram atendidas.

Armamento

A polícia apreendeu dois revólveres e uma pistola, além de diversas armas brancas, informou o coronel da PM. Ainda segundo o comandante, o grupo que iniciou a rebelião tentou invadir outro pavilhão do presídio, mas foi impedido por cerca de 250 agentes penitenciários.

O presídio tem capacidade para 608 pessoas, mas atualmente está com 1.500 presos. (A Tarde).

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