Quadrilha investigada por pirâmide financeira movimentou mais de R$ 40 milhões em Pernambuco, no Rio de Janeiro e na Bahia

Mais de R$ 40 milhões foram movimentados pela quadrilha investigada por montar um esquema de pirâmide financeira em Pernambuco, no Rio de Janeiro e na Bahia. Segundo a Polícia Civil, os funcionários das empresas envolvidas buscavam principalmente servidores públicos, que, por telefone, eram convencidos a aplicar dinheiro em investimentos fraudulentos.

Durante a Operação Summit, deflagrada nesta terça-feira (17), foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, sendo 14 no Recife, 17 no Rio de Janeiro e um em Salvador. Os crimes investigados são os de estelionato, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem econômica, economia popular e contra o consumidor.

O grupo empresarial investigado é a Única Serviços em Consultoria e Gestão Empresarial LTDA, que atuava no Rio de Janeiro, mas que foi alvo de operações da Polícia Federal, em 2018, e da Polícia Civil desse estado do Sudeste, em 2019. Com isso, as empresas migraram para Pernambuco.

De acordo com o delegado Carlos Couto, as empresas descobriam dados de servidores públicos e, por meio de telemarketing, convenciam as vítimas a investirem dinheiro. Ele afirmou, ainda, que os funcionários da empresa convenciam os clientes de que não havia chances de perder dinheiro.

Geralmente, os investidores eram convencidos a aplicar, no mínimo, R$ 5 mil. A taxa de juros estipulada variava entre 0,5% e 5% ao mês. Os funcionários afirmavam que os investimentos eram acobertados por um seguro, que, na verdade, se tratava de um seguro empresarial comum, contra incêndio e outras eventualidades.

“Nossa estimativa é de que eles movimentaram mais de R$ 40 milhões, mas a gente tem materializado no inquérito policial, pelo menos, R$ 9 milhões, só de boletins de ocorrência registrados. Isso ocorre porque a maioria das ofertas clandestinas termina não caindo na polícia, existe uma subnotificação dos casos”, declarou Carlos Couto.

De acordo com a gerente de fiscalização do Procon de Pernambuco, Danyelle Sena, uma das empresas era registrada como correspondente bancário, mas atuava fazendo a ligação entre a pirâmide financeira e as vítimas.

“Essa empresa tem CNPJ de correspondente bancário, mas atua unicamente como uma ponte para que ela possa induzir o aposentado, pensionista, servidor público a tirar um empréstimo e, através disso, investir nessa falsa empresa de investimento”, contou Danyelle Sena.

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