PSB define posição sobre reformas

A executiva nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) se reúne nesta segunda-feira (24), às 17h, em Brasília, para fechar posicionamento sobre as reformas da Previdência e trabalhista, entre outros projetos propostos pelo presidente Temer (PMDB). A reunião, que definirá os rumos do partido no Governo, abre a possibilidade de um afastamento do peemedebista e ocorre no momento de maior inflexão dos socialistas no Legislativo.

O partido já evidenciou o descontentamento com o Palácio do Planalto, tendo em vista que na primeira votação da matéria que trata sobre as mudanças trabalhistas, realizada em regime de urgência, e que culminou na derrota do governo. Na ocasião, no último dia 18, deputados do PSB votaram contra a pressa na tramitação e, apenas, 12 a favor. E, apesar de na segunda – na última quarta-feira, dia 19 – o jogo ter mudado – 16 votos favoráveis e 15 contrários, a bancada continuou dividida.

Rever pontos

O vice-presidente nacional do PSB, o governador Paulo Câmara, já reconheceu a importância das mudanças no projeto, referente à Previdência, promovidas pelo Governo Temer na semana passada. No entanto, ressaltou que ainda é necessário rever pontos mais polêmicos e sensíveis, como a aposentadoria dos trabalhadores rurais. Além disso, ressalta que as matérias, apesar de serem urgentes, precisam de um aperfeiçoamento.

“A Previdência, como sempre falo, é uma reforma necessária, um debate que deve ser feito com muito cuidado e muito estudo para não dar prejuízos maiores para a população”, avaliou o governador na semana passada. Mas, segundo informações da sua assessoria, ele não estará presente no evento partidário de hoje, em Brasília.

Estudo

Para o presidente da legenda, Carlos Siqueira, ainda não há um posicionamento final. Ele afirma que na reunião de hoje, o partido fará uma leitura detalhada do parecer apresentado pelo relator da matéria na Comissão Especial, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) – para se posicionar oficialmente.

“As várias mudanças feitas pelo governo, apesar de existirem, podem não ser capazes de mudar o posicionamento da bancada do PSB”, disse Siqueira, que não quis comentar sua posição individual, preferindo esperar pelo desfecho a ser dado pelos correligionários. Entretanto, desde já, ele isenta o PSB de responsabilidade sobre o adiamento do trâmite do projeto. “A própria base de Temer tem se mostrado contrária”, pondera Siqueira, lembrando que há a possibilidade da votação ser adiada para meados de maio, pelo próprio governo.

Já o deputado federal Danilo Cabral (PSB), que vem se mostrando crítico ao projeto, é mais enfático: segundo ele, a tendência é de que a maioria dos socialistas optem por um posicionamento contrário, pelo menos, no que tange à reforma da previdência. “Dentro do PSB, a posição é majoritária contra a reforma”.

Governadores

Além do debate partidário, marcado para hoje, as reformas serão discutidas, também, no encontro dos governadores brasileiros. O evento, pré-agendado para amanhã, em Brasília, tinha, inicialmente, a presença do governador Paulo Câmara confirmada. O encontro terá como objetivo promover a discussão em torno das propostas. (Folha PE).

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