Presos integrantes de quadrilha que planejava fraudar Enem 2017

A Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil do DF chega nesta manhã (30) à segunda etapa da Operação Panoptes, que desarticula a chamada “Màfia dos Concursos” no Distrito Federal. Na ampliação das investigações, os policiais civis cumprem 5 prisões preventivas e 3 temporárias, 15 mandados de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva.

Os investigados são integrantes da organização criminosa que, segundo a PCDF, é liderada por Hélio Ortiz, velho conhecido no país pelo envolvimento em diversos tipos de fraudes para ganhar dinheiro por meio de vagas em concursos públicos. Várias seleções realizadas no DF nos últimos cinco anos estão sob suspeição, além de vestibulares para medicina.

Entre os alvos das prisões preventivas desta segunda etapa, estão aliciadores de candidatos e um ex-funcionário do Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), o antigo Cespe, responsável pela realização de vários concursos. Ele foi demitido justamente porque surgiram indícios de que ajudou candidatos, em troca de pagamentos.

A investigação indica que ele fazia a troca das folhas de resposta dentro do Cebraspe. Ele preenchia o documento com o gabarito correto e digitalizava as respostas para favorecer candidatos que compravam a aprovação.

Enquanto a equipe da Deco vai às ruas nesta manhã, a Polícia Civil de Goiás também deflagra uma operação para desbaratar fraude no concurso para delegado do estado vizinho. A seleção foi promovida pelo Cebraspe. Pelo menos dois alvos da Panoptes são também investigados pelos policiais goianos.

A operação da Polícia Civil de Goiás, conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), atinge 18 suspeitos em municípios de Goiás e dentro do DF.

Ainda de acordo com o delegado goianiense Rômulo Figueiredo, em entrevista à TV Anhanguera, chegou a afirmar que os grupos suspeitos atuavam em vários concursos no estado e no país, inclusive os relativos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Comprovamos isto inclusive nos áudios e mostramos que o próprio Enem 2016 foi fraudado”, disse na entrevista. Segundo ele, as suspeitas também corriam para a prova deste ano, que ocorre nos próximos domingos. “Autuamos antes para tentar impedir que isto ocorresse, vez que eles já estavam planejando via ponto eletrônico fraudar o Enem 2017”.

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