Por segurança hídrica, diretor de operação da Chesf confirma redução da vazão do Lago de Sobradinho para 700 m³/s

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A  partir da próxima segunda-feira, (21), a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), vai reduzir a vazão do São Francisco a partir dos reservatórios de Sobradinho e Xingó, até o limite de 700 metros cúbicos por segundo, mantendo um patamar de 750 metros cúbicos por segundo, acontecendo de forma gradativa.

Isso significa que o período chuvoso, apresenta uma quantidade pluvial muito abaixo da média para abastecer o reservatório de sobradinho e as demais barragens.

O comunicado oficial da redução da vazão, foi feito em entrevista coletiva com o diretor de operação da Chesf, João Henrique Franklin, na manhã desta quarta-feira (16), em um hotel da cidade.

Por decisão do Ibama a saída de água em Sobradinho que até 2013 ficava em um patamar de 1.300 metros cúbicos por segundo, funciona atualmente em 800 metros cúbicos por segundo.

Evidentemente, que a redução apresenta impactos devido a criticidade de falta de chuvas na Bacia do São Francisco e principalmente, as pessoas que precisam do abastecimento de água para o consumo humano tiveram que se adequar com a nova situação, os projetos de irrigação reduziram a utilização do sistema hídrico e as navegações já não funcionam como antes.

Para evitar um colapso ainda maior, outras fontes alternativas mantém o sistema de funcionamento de energia e o que chamamos de segurança hídrica, como as usinas eólicas, térmicas e a transferência de energia de outras regiões do país para o nordeste.

“Estamos em novembro, é o início de um novo período úmido que vai até maio de 2017 e estamos com os níveis dos reservatórios baixos, Sobradinho tem hoje 6% da sua capacidade. Apesar das últimas chuvas na bacia, elas não são significativas para uma elevação de vazão ao longo do rio São Francisco. Nos próximos dias, as reduções de níveis ficarão acontecendo, isso com orientações da ANA e do IBAMA. As chuvas podem atrasar e até agora elas não são tão intensas, por isso estamos programando uma nova redução de vazão a partir de Sobradinho para um patamar de 700 metros cúbicos por segundo, mas ficaremos em um patamar de 750 como teste”,  explica o diretor da Chesf.

A Chesf afirma que já chegou ao limite de redução dos níveis de vazão e espera que as chuvas voltem a cair de forma intensa no nordeste. O diretor de operação João Henrique Franklin ressaltou ainda que não há necessidade de um racionamento de energia e afirma que em termos de segurança no nordeste, as fontes garantem um atendimento suficiente aos consumidores da região.

 

 

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