Confirmado: Por causa de ocupações, 191 mil alunos farão o Enem só em dezembro

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Um total de 191.444 alunos inscritos para participar do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terá as provas adiadas por causa da ocupação de alguns dos locais de prova por estudantes secundaristas contrários a PEC 241 e à reforma do ensino médio proposta pelo MEC. Ao todo, São 304 locais de prova estão ocupados.

Eles serão avisados por SMS a partir da noite desta terça-feira (1º) sobre. Para esse público, as provas serão realizadas nos dias 3 e 4 de dezembro deste ano.

Para os demais inscritos — para 97,78% dos 8.627.195 participantes–, o exame será realizado normalmente no próximo final de semana, 5 e 6 de novembro.

“Em decorrência das invasões, lamentamos profundamente a ansiedade que esses 191.444 jovens ainda manterão, esperando para realizar a prova”, disse a presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Maria Inês Fini.

Segundo ela, ainda que aconteça uma desocupação nessas escolas no final da tarde desta terça-feira (1º), as escolas deixarão de ser locais de prova. Os novos locais para esse público ainda estão sendo definidos. O Inep estima um prejuízo de R$ 90 por participante relocado. “Lamentavelmente o próprio governo federal vai arcar com esses custos”, disse.

Fini afirma que os resultados serão divulgados no dia 19 de janeiro e que alunos que fizerem as provas nos dias 3 e 4 de dezembro não serão prejudicados. “Os benefícios que os resultados do Enem trazem para o aluno, como a inscrição no Sisu, Prouni e Fies estão assegurados. Vamos analisar essas provas a tempo para que eles integrem as listas e possam ser incluídos nos programas”, disse.

A presidente do Inep afirma que não há nenhum movimento de responsabilização por parte do MEC e do Inep contra as ocupações. “Não há nenhum movimento que busca atribuir a este ou aquele estudante ou a este ou aquele partido político o custo dessa ação que vai ser empreendida [a nova prova]”

Ainda sobre as ocupações, Fini disse que todos os canais de comunicação do ministério foram abertos para que a medida provisória que propõe a reforma do ensino médio seja discutida.

“Há mais de 600 emendas sendo discutidas neste momento no Senado Federal. Essa grande discussão é a resposta do governo a esses movimentos. Não só os secretários executivos, mas o próprio ministro tem participado de vários fóruns com alunos, gestores, professores, movimentos sociais, para que haja essa escuta estruturada acerca das reivindicações que estão sendo feitas”, afirma. (UOL).

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