Polícia Civil pede prorrogação do inquérito sobre a morte de médico

O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle, informou ter solicitado à Justiça a prorrogação do prazo para apresentar respostas sobre a investigação do assassinato do médico cardiologista Denirson Paes, em Aldeia. Após a divulgação do laudo que aponta asfixia por esganadura como a causa da morte, como a Folha de Pernambuco informou com exclusividade nessa quarta-feira (22), falta saber agora quem foi o autor do crime e como ele ocorreu.

Os principais suspeitos são a esposa da vítima, a farmacêutica Jussara Rodrigues, 54, e o filho mais velho do casal, Danilo Paes, de 23 anos. Denirson teria sido morto no dia 31 de maio. “Não sei informar se está perto de concluir (o inquérito) porque pedimosprorrogação”, explicou Joselito. Perguntado até quando o prazo vai ser estendido, ele disse que tudo “vai depender da investigação, do andamento dela. Se houver necessidade, vamos pedir novamente.”

O desaparecimento de Denirson começou a ser acompanhado pela polícia no dia 20 de junho, quando Jussara, acompanhada da cunhada, procurou a delegacia de Camaragibe informando que viu o marido pela última vez no dia 31 de maio. Ela e o filho Danilo tiveram a prisão preventiva determinada pela Justiça no dia 5 de julho, a pedido da delegada responsável pelo caso, Carmem Lúcia, e prorrogada por mais 30 dias no dia 5 de agosto.

“Esse resultado corrobora com a investigação de que foi um homicídio triplamente qualificado. Ele nos dá a causa da morte. Mas a individualização da conduta, quem agiu, como agiu, vai ser dito no final do inquérito, já que corre em segredo de Justiça. Agora, o laudo é importante, porque ele confirma que estávamos no caminho certo. Tratava-se de um homicídio triplamente qualificado”, apontou Joselito. Triplamente qualificado porque, segundo Joselito, foi praticado “por motivo fútil, com impossibilidade de defesa da vítima e por meio insidioso e cruel”.

Alexandre Oliveira, advogado de defesa de Danilo e Jussara, explicou que está estudando o laudo para poder se pronunciar sobre o assunto. Mas a defesa já havia dito anteriormente que acreditava que o crime teria sido praticado por uma das testemunhas do caso, baseado em contradições dos depoimentos prestados por eles. A doméstica Josefa da Conceição, o jardineiro Emanoel Bezerra e o ajudante José Antônio, assim como o porteiro do condomínio Toquarto de Castro, Egnaldo Daniel Bezerra, divergiram sobre as datas em que estiveram presentes no local do crime. “Eles deveriam ser tratados como suspeitos”, disse, à época, o advogado.  (Folha PE).

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