PMDB inicia ruptura com PT e propõe candidato próprio em 2018

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A cúpula do PMDB oficializou, na manhã desta quarta-feira, o início do processo de ruptura com o PT para as eleições de 2018. Evento para anunciar investimento nas redes sociais do partido reuniu o vice-presidente da República, Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o ex-presidente da República José Sarney (AP), além de deputados e senadores. Todos defenderam que o partido tenha candidato à Presidência nas próximas eleições.

“Estamos abertos a todas as alianças com todos os partidos. Apenas o que está sendo estabelecido é que o PMDB quer ser cabeça de chapa em 2018” — disse Temer. — Hoje, é uma postulação de todo o PMDB, de todos os setores do PMDB, e neste particular, a Fundação Ulysses Guimarães, que é o centro de estudos do PMDB, levando adiante esta tarefa, vai mobilizar toda a militância do partido e, posteriormente, o povo brasileiro nas eleições — afirmou o vice-presidente e articulador político do governo.

O objetivo formal do evento era apresentar a estratégia para fortalecer o PMDB nas redes sociais.

— O objetivo é habilitar o PMDB para as eleições de 2016 e, sequencialmente, para 2018. A interação com as redes sociais é uma coisa fundamental nos dias atuais — disse Temer.

O senador Renan Calheiros disse que a atual aliança com o PT é “circunstancial” e que o governo já está avisado de que o PMDB terá candidato próprio nas próximas eleições presidenciais.

— O PMDB tem uma aliança com PT, uma aliança estratégica, circunstancial, porque ela deveria acontecer em torno de um programa, apenas de um programa. Mas o PMDB, desde logo, está deixando claro, absolutamente claro, que vai ter um projeto de poder que vai ter um candidato competitivo a presidente da República — afirmou o presidente do Senado.

— Hoje é dia 15, dia do PMDB. É o dia mais propício para que a gente possa dar a largada no processo político ao qual o PMDB volta definitivamente para o berço da busca do seu caminho. Seu caminho de identificação com a população, de busca de defender as suas teses, seu caminho de chegarmos a 2018 com o direito de disputar o eleitor com as nossas ideias — afirmou Eduardo Cunha.

— Nós estamos num momento político delicado. O PMDB faz parte de uma aliança, mas o PMDB sabe que, em 2018, ele quer buscar o seu caminho, e não é com essa aliança — disse o presidente da Câmara.

Para Cunha, como “time que não joga não tem torcida”, o PMDB precisa enfrentar as eleições.

— O PMDB, se não disputar eleições, não vai ter admiradores, não vai ter quem defenda as suas ideias. Então, o PMDB tem que se posicionar no processo político para a busca daquilo que ele sempre teve, a sua identificação real com o eleitorado.

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