Pezão recebia mesada de R$ 150 mil e 13º, diz operador de Cabral em delação

A prisão de Luiz Fernando Pezão na manha desta quinta-feira na Operação Boca de Lobo é decorrente da delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sergio Cabral, e que, após dois anos detido em Benfica, passou ao regime de prisão domiciliar na semana passada. Segundo Miranda, Pezão recebia uma mesada de R$ 150 mil mensais (em espécie), 13º salário e dois bônus de R$ 1 milhão. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Pezão recebeu cerca de R$ 25 milhões entre 2007 e 2015. Em valores atualizados, seriam R$ 39 milhões.

Por ainda ser governador do Rio de Janeiro, Pezão, que foi detido na manhã no Palácio Laranjeiras, será transferido para o Batalhão Especial Prisional de Niterói (BEP). De acordo com a PGR, são nove os alvos da Operação Boca de Lobo, que, além de Pezão, mira assessores e um sobrinho. As ações são executadas pela Polícia Federal. Dos nove mandados de prisão preventivas, sete já foram cumpridos, sendo que uma das pessoas já estava presa.

A Polícia Federal espera que uma oitava pessoa se entregue ainda esta quinta. Também está no BEP, o ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Claudio Lopes.

Entre os alvos da operação, estão José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras; Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, secretário de Governo; Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, e Marcelo Santos Amorim, sobrinho do governador. Outros são Cláudio Fernandes Vidal, sócio da J.R.O Pavimentação; Luiz Alberto Gomes Gonçalves, sócio da J.R.O Pavimentação; Luis Fernando Craveiro de Amorim e César Augusto Craveiro de Amorim, ambos sócios da High Control. (AB).

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