Petrolina (PE): Mulher denuncia Samu por omissão de socorro por Edenevaldo Alves Postado em 26 de março de 2019 Após testemunhar a omissão de socorro sofrida durante várias ligações para o Samu, a autônoma Kalila Souza Pereira, 29 anos, desacreditou que o objetivo deste serviço seja “Chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência (…) que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo a morte”, como consta nas atribuições do ofício. Kalila entrou em contato com o Blog para relatar um fato que ocorreu no dia 15 de março deste ano, em sua residência, no bairro Ouro Preto em Petrolina (PE). De acordo com a mulher, por volta das 17h45 de sexta-feira (15), se encontrava na companhia de sua filha (9), observando o preparo da chuva, quando foram surpreendidas com o estrondo de um relâmpago. A autônoma relata que, após ouvirem o barulho, ambas correram no instinto de proteção – a garota conseguiu prosseguir, entretanto a mulher sofreu uma queda da própria altura que ocasionou uma luxação fechada no joelho direito. Após inúmeras tentativas de ligações feitas por familiares para o Samu, a mãe de Kalila fez um questionamento para uma atendente na esperança de uma resposta positiva, entretanto, o que ela ouviu pelo telefone não foi nada parecido “E se ela morrer?” perguntou “Se ela morrer, morreu!” respondeu a atendente. Indignada, a família recorreu então ao Corpo de Bombeiros para que fosse prestado o socorro à mulher e, apesar dos familiares serem informados que essa obrigação era do Samu, uma equipe se dirigiu até a casa da acidentada para socorrê-la “Veio três anjos que imobilizaram minha perna e, por conta do Samu fiquei por volta de uma hora e meia no chão” relata. A equipe encaminhou Kalila até o Hospital Universitário – Univasf, onde foi conduzida imediatamente para o bloco cirúrgico. A paciente que ficou internada durante seis dias, recebeu o diagnóstico do acidente doméstico que contatou uma lesão vascular e, posteriormente o desenvolvimento de uma trombose de safena na veia magna. A mulher se recupera com fixadores externos na perna. “Hoje eu poderia não está contando esse ocorrido. Por falta de socorro imediato podemos perder a vida … Queria deixar minha indignação contra o Samu para que não ocorra com demais pessoas” desabafa.