Petrolina (PE): Médico afirma que não existe comprovação científica de que alguma medicação possa prevenir ou evitar a Covid-19 por Edenevaldo Alves Postado em 21 de julho de 2020 Muitos especialistas e entidades médicas criticam duramente o tratamento precoce contra a Covid-19 e ressaltam que não há comprovações científicas da eficácia de medicamentos contra a doença. Aristóteles Cardona Júnior é médico da família e comunidade formado pela UFPE. Atualmente é professor da Univasf. Em entrevista nesta manhã (21) ao Programa Viva Bem com a jornalista Lara Cavalcanti na Petrolina FM, Aristóteles ressaltou que não existem opções para tratamentos profiláticos, ou seja, medicamentos que são usados precocemente e que venham a impedir o desenvolvimento de formas graves da Covid-19. Ele ressalta que não há comprovação científica de que uma medicação possa prevenir a doença ou evitar, se usada no início dos sintomas, ou que o quadro de um paciente infectado se agrave sem o uso destes medicamentos. Aristóteles deu exemplo da hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina. “Já existem pesquisas que mostram a ineficácia da cloroquina e hidroxicloroquina, por exemplo. Nem no paciente grave, nem no paciente no início da doença, nem mesmo para evitar a doença eles são eficazes para a Covid-19”, afirmou. O médico ainda comentou que já existe um padrão, dentro da área médica, que está se repetindo e que esses dados têm sido importantes para as pesquisas sobre a Covid-19. A cada 100 pacientes que adoecem, em média, uma parcela de 80 pessoas serão assintomáticos ou terão apenas sintomas leves. Do total, 15 pacientes podem apresentar alguma complicação e aproximadamente 5 a 6 % vão precisar de UTI. Para ele, é um padrão que não está sendo modificado pelo uso de medicamentos como a cloroquina, ivermectina e o tratamento precoce. Para os sintomas leves, ele comenta sobre a importância de cuidar da alimentação, de manter o isolamento e de administrar medicamentos somente para os sintomas.
