Petrolina (PE): Manejo de jacarés  volta a ser tema após aparecimento da espécie na Av. Sete de Setembro

Após o recente episódio da captura de um  jacaré de papo amarelo (Caiman latirostris) na Avenida Sete de Setembro, em Petrolina (PE), a redação do Blog Edenevaldo entrou em contato com a Compesa e o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (CEMAFAUNA), para apurar se existe algum projeto em andamento sobre o manejo dos animais silvestres que ficam na Lagoa de Estabilização da Vila Eulália (Lagoa Manoel do Arroz),  e  se expõe ao perigo com frequência na área urbana.

O CEMAFAUNA,  que participou de reuniões  com a  3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina (PE),  Compesa, ARMUP e AMMA  havia se colocado à disposição sobre  a demanda, e chegou a montar um  projeto de manejo para retirar os bichos da lagoa e  transferi-los  para outras áreas sem população humana.

A Compesa, responsável pela Lagoa e consequentemente por este tramite,  retomou a pauta junto ao CEMAFAUNA e apresentou  os valores que serão empregados. “O projeto desenvolvido pelo CEMA-FAUNA já foi concluído e representará um custo de R$ 240 mil. Os serviços, a serem realizados pelo órgão, contemplarão todos os procedimentos legais para o resgate das espécies que vivem na lagoa de estabilização, incluindo a coleta de material biológico e marcação dos animais para destinação em áreas de solturas previamente analisadas, trabalho que aguarda os trâmites finais de aprovação e autorização dos órgãos responsáveis para que sejam iniciados”, diz trecho da nota enviada ao Blog Edenevaldo Alves.

O coordenador do CEMAFAUNA, Luiz  Cesár Medrado, diz que em relação a esse manejo, existem todos os protocolos, preceitos técnicos e  vários estudos no Brasil  sobre a espécie Caiman latirostris. Luiz destaca sobre a ideia errônea do imaginário popular de que os animais estão  invadindo a área urbana  e explica o que  acontece na verdade.

“A gente não pode ter conflito entre ser humano e jacaré no sentido que olha:  ‘os bichos estão invadindo a cidade’. Os bichos não estão invadindo a cidade, a cidade que está invadindo a área dos bichos. O que nós temos que fazer é que a cidade desenvolva, essa é uma linha muito forte dentro do município, que é fazer um trabalho de desenvolvimento sustentável, desenvolver a cidade, mas, reparando e todas as linhas de conservação da natureza, boas práticas ambientais”, explicou.

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