Petrolina (PE): Manejo de jacarés volta a ser tema após aparecimento da espécie na Av. Sete de Setembro por Postado em 17 de agosto de 2020 Após o recente episódio da captura de um jacaré de papo amarelo (Caiman latirostris) na Avenida Sete de Setembro, em Petrolina (PE), a redação do Blog Edenevaldo entrou em contato com a Compesa e o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (CEMAFAUNA), para apurar se existe algum projeto em andamento sobre o manejo dos animais silvestres que ficam na Lagoa de Estabilização da Vila Eulália (Lagoa Manoel do Arroz), e se expõe ao perigo com frequência na área urbana. O CEMAFAUNA, que participou de reuniões com a 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina (PE), Compesa, ARMUP e AMMA havia se colocado à disposição sobre a demanda, e chegou a montar um projeto de manejo para retirar os bichos da lagoa e transferi-los para outras áreas sem população humana. A Compesa, responsável pela Lagoa e consequentemente por este tramite, retomou a pauta junto ao CEMAFAUNA e apresentou os valores que serão empregados. “O projeto desenvolvido pelo CEMA-FAUNA já foi concluído e representará um custo de R$ 240 mil. Os serviços, a serem realizados pelo órgão, contemplarão todos os procedimentos legais para o resgate das espécies que vivem na lagoa de estabilização, incluindo a coleta de material biológico e marcação dos animais para destinação em áreas de solturas previamente analisadas, trabalho que aguarda os trâmites finais de aprovação e autorização dos órgãos responsáveis para que sejam iniciados”, diz trecho da nota enviada ao Blog Edenevaldo Alves. O coordenador do CEMAFAUNA, Luiz Cesár Medrado, diz que em relação a esse manejo, existem todos os protocolos, preceitos técnicos e vários estudos no Brasil sobre a espécie Caiman latirostris. Luiz destaca sobre a ideia errônea do imaginário popular de que os animais estão invadindo a área urbana e explica o que acontece na verdade. “A gente não pode ter conflito entre ser humano e jacaré no sentido que olha: ‘os bichos estão invadindo a cidade’. Os bichos não estão invadindo a cidade, a cidade que está invadindo a área dos bichos. O que nós temos que fazer é que a cidade desenvolva, essa é uma linha muito forte dentro do município, que é fazer um trabalho de desenvolvimento sustentável, desenvolver a cidade, mas, reparando e todas as linhas de conservação da natureza, boas práticas ambientais”, explicou.