Pernambuco registra 2ª maior taxa de desocupação entre jovens no Brasil por Edenevaldo Alves Postado em 30 de agosto de 2018 Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) 2017, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 36,9% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos estão desempregados em Pernambuco. O Estado possui a segunda maior taxa de desocupação entre jovensdessa faixa etária no país. O número é 118% superior ao índice de desemprego total do estado, que é de 16,9%. De acordo com o site Ranking de Competitividade, o estado ocupa a 15ª posição entre todas as unidades federativas no pilar que trata da educação, em 2017. Pernambuco ocupa a 16ª colocação em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no país. Em 2016, o estado ocupou a 15ª colocação em relação à taxa de abandono do Ensino Fundamental. Em 2015, ficaram na 17ª posição nesse quesito. Segundo dados do IBGE, coletados através da PNAD, o número de pessoas que de 15 a 29 anos que não trabalhavam, não estudavam e não faziam nenhum curso de qualificação entre 2016 e 2017, em Pernambuco, cresceu 9,6% entre 2016 e 2017. Das 2,2 milhões de pessoas nessa faixa etária, 32% delas estavam nessa situação. Para o Diretor Regional do Senai de Pernambuco, Sérgio Gaudêncio, o ideal para os estudantes seria unir a formação técnica ao Ensino Médio. “Eu acho que o caminho é você atrelar o ensino médio à formação técnica. E isso já existe, mas é muito pouco percebido”, defende. Segundo o Gerente Executivo de Estudos e Prospectivas da CNI, Márcio Guerra, a educação profissional não elimina a necessidade da educação básica. “A educação profissional tem um papel na sociedade que ainda não foi descoberto. Existe um certo preconceito mas é preciso entender que a educação profissional não substitui a educação superior. E também a educação profissional não elimina a necessidade de educação básica”, afirma. Diante disso, surge o questionamento: com as dificuldades encontradas, o sistema de educação está preparando os jovens para o mercado de trabalho da forma correta? Com isso, persistem os desafios, associados não apenas à necessidade de adequação dos currículos e das estratégias de aprendizado, mas também à falta de estrutura e de recursos para a transformação das redes de ensino. Dados do Centro Europeu de Desenvolvimento da Formação Profissional revelam que, na Áustria e na Finlândia, países com grande tradição nesse aspecto, o percentual de jovens que cursam itinerários vocacionais é de cerca de 70%. Em países como Alemanha, Dinamarca, França e Portugal, essa participação excede os 40%. (AB).