Pernambuco: Policiais Civis rejeitam proposta do governo, suspende Greve, mas decide por Operação Padrão por tempo indeterminado

Após mais de uma semana de Greve, cerca de dois mil Policiais Civis de todas as regiões do Estado ocuparam as ruas do Recife nesta quarta-feira (23) em mais uma passeata pela campanha salarial e funcional. A concentração teve início às 15h na sede do SINPOL-PE, de onde saíram por volta das 18h30 pelas principais vias do Centro do Recife, passando pelas avenidas Cruz Cabuga e Conde da Boa Vista, em direção à Assembleia Legislativa de PE (ALEPE), onde fizeram uma assembleia que definiu os novos rumos do movimento.

A assembleia ocorreu na Rua da Aurora, em frente à ALEPE, com discursos de indignação com a falta de diálogo e sensibilidade do Governo com a classe, que está na luta pela valorização salarial e funcional há mais de um ano.

Ao final da assembleia, a maioria dos Policiais Civis presentes deliberou pela: Rejeição da proposta do Governo; Suspensão da greve e Operação padrão por tempo indeterminado.

O presidente do SINPOL, Rafael Cavalcanti, parabenizou toda a categoria pela presença no ato e pela decisão sensata. “Vamos agora partir para a Operação Polícia Cidadã (OPC), por tempo indeterminado, até nossa valorização chegar, porque a categoria rejeitou a proposta do Governo e está empenhada em buscar sua valorização a todo custo”, ressaltou.

Os Policiais Civis de Pernambuco estão sem aumento desde 2019 reajustado pela inflação, ou seja, quatro anos sem aumento real. “O Estado tem oferecido um aumento de 20%, e com o pagamento só para julho. Vale lembrar que o que nos oferecem não cobre nem a inflação dos últimos três anos, o que dirá a inflação que vem agora de 2022 que já tem uma projeção de 6% a 7%? O que nós pedimos é o que seja igual ao que foi dado aos professores, 35%. Após sete meses tentando negociar, dialogar e buscar uma saída que a categoria se sinta valorizada, chegamos ao nosso limite. Quem nos empurrou para essa situação foi o Governo do Estado”, ressaltou Rafael.

 

Os Policiais Civis continuam pedindo melhores condições de trabalho, com equipamentos públicos sucateados, uma das piores estruturas do País, com o mesmo valor investido de 11 anos atrás, sendo o 22° estado que menos investe em Segurança Pública e a categoria de base tendo um dos piores salários do país. (ascom)

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