Pernambuco pode proibir canudos plásticos em 2022

Os canudos podem estar com os dias contados nos estabelecimentos comerciais de Pernambuco. Caso aprovado o Projeto de Lei nº 1928/2018 pelo Poder Legislativo, a fabricação, comercialização e distribuição de canudos plásticos estarão proibidos a partir de 2022.

A medida, de autoria do deputado Everaldo Cabral (PP), assemelha-se a iniciativas já aprovadas em outras cidades, a exemplo do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte e de Seattle, nos Estados Unidos. No Estado, nem virou lei a proibição dos canudos de plásticos, mas já é possível ver comerciantes adotarem outros tipos de canudos, mais sustentáveis.

Na rua Prudente de Morais, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), por exemplo, o bar e restaurante “Janela Aberta, Cozinha Vivenda com Amor” dispõe de dois tipos de canudos – os de vidro e os de papelão. Uma das sócias, Aline Nunes, 28 anos, conta que o estímulo veio do exemplo dado pelo Rio de Janeiro. Inclusive, os canudos de vidro são adquiridos lá. Todos vêm com uma escovinha para higienização.

“As bebidas são servidas em copos de vidro e, mesmo tendo canudos reutilizáveis, só cedemos quando os clientes pedem. Os de papelão foram uma alternativa encontrada para as crianças”, explica, relembrando que, antes de encontrar esses tipos de canudo à venda, dava desconto de R$ 0,50 para quem não pedisse canudo plástico.

O novo estilo adotado há oito meses pelo restaurante tem dado certo, conta ela. “Os clientes têm aceitado muito bem a ideia, ao mesmo tempo que fazemos a nossa parte em fazê- los refletirem mais sobre os danos que o plástico causa à natureza”, acredita Aline. A higienização, detalha ela, é feita com a escovinha, mas também com água quente para reforçar a esterilização. “Se o restaurante segue esse padrão, não vejo problema. Mas, checaremos in loco os padrões de higiene”, afirma a diretora de Vigilância em Saúde de Olinda, Mariurcha Dantas.

Essa “pegada ambiental”, no entanto, não se limita a locais que vendem comida. O salão de beleza Espaço Visualle, no bairro do Espinheiro, Zona Norte da Capital, também aderiu à mudança. “Se almoço em um restaurante e lá servem canudos de plástico, sempre procuro conversar sobre o mal que esse tipo de material causa à natureza”, conta Patrícia Rêgo, proprietária do Visualle.

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