Pernambuco cria 17,6 mil postos formais de trabalho em setembro

O Brasil gerou 157.213 vagas de empregos formais em setembro. É o melhor setembro desde 2013, quando foi registrado resultado positivo de 211.068 vagas. Pela primeira vez no ano, todas as 27 unidades da federação apresentaram resultado positivo na oferta de vagas formais de trabalho.

Os dados são da mais recente edição do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Em Pernambuco, o resultado do mês foi positivo em 17, 6 mil vagas no período, reflexo das 48,8 mil admissões contra 31,1 desligamentos.

No Brasil, o emprego formal teve resultados positivos em sete setores econômicos em setembro e saldo negativo em apenas um setor. Os com números positivos foram serviços, com 64,5 mil; indústria da transformação, 42,1 mil; comércio, 26,9 mil; construção civil, 18,3 mil; agropecuária, 4,4 mil; extrativa mineral, 745, e administração pública, 492. O único setor com resultado negativo foi o de serviços industriais de utilidade pública, que fechou 448 vagas.

Em Pernambuco, dos oito setores econômicos, cinco apresentaram saldo positivo no cadastro. “Pernambuco foi o segundo estado que mais gerou emprego com carteira assinada no Brasil neste mês de setembro, uma variação positiva de 1,43%, maior que a do Brasil, de 0,40%. Isso é um motivo de comemoração para nós, pernambucanos, e o resultado do esforço coletivo que há no Estado e no governo Paulo Câmara para melhorar a vida das pessoas”, comemora o secretário do trabalho, emprego e qualificação de Pernambuco, Alberes Lopes.

Entre os destaques positivos nos setores econômicos no Estado, indústria da transformação; comércio e serviços. O primeiro, com pouco mais da metade do estoque de setembro – 9,2 mil postos -, cumpre seu histórico de puxar para cima o saldo de empregos formais entre os meses de agosto a outubro. Afinal, é nele que está a indústria da cana de açúcar, com a produção de álcool etílico.

“São empregos formais que promovem um aumento de renda e de poder de consumo no Estado. E esse número pode ser maior na safra 2020/2021, quando são estimados uma produção de 15 milhões de toneladas”, revela o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar de do Álcool no Estado (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.

O saldo positivo nos setores de comércio e serviços somam 2.957 postos formais, o que é coerente com a expectativa traçada para o segundo semestre. “Motivado pela liberação do FGTS, o setor começou as contratações já em setembro, o que significa uma retomada da confiança tanto por parte dos empresários quanto dos consumidores que com o dinheiro extra puderam retomar seu poder de compra”, analisa o economista da Fecomércio em Pernambuco, Rafael Ramos.

Segundo ele, a tendência é que nas próximas divulgações, o saldo positivo se repita por conta das contratações no setor de bares e restaurantes. “Tradicionalmente esse setor contrata mais devido às confraternizações de fim de ano”, completa o economista.

Diferente das edições passada, que mesmo lenta, a construção civil vinha apresentava sinais claros de recuperação, o setor fechou setembro negativo em 466 postos. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), José Antônio Simón, a queda no estoque que vinha tendo uma discreta recuperação se deve à paralisação de obras pontuais.

Contudo, ele espera que com os recentes lançamentos anunciados por construtoras pernambucanas, o setor volte a apresentar resultados positivos nos próximos meses. “Primeiro as construtoras lançam, depois começam a venda e em seguida as obras. Daqui para o fim de ano essas obras devem começar e as contratações também”, acredita Simón.(FolhaPE)

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