Pandemia: Terceira dose da vacina deve começar por profissionais de saúde e idosos, diz ministro

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) que a aplicação da terceira dose para reforçar a imunização contra a Covid-19 deve começar por profissionais de saúde e idosos.

“A gente vai começar por grupos prioritários. De novo, profissionais de saúde, os mais idosos”, disse Queiroga à imprensa.

A ideia é reforçar a imunização diante do avanço de variantes do vírus, como a delta. “Estamos planejando aqui, para que no momento em que tivermos todos os dados científicos, número de doses suficientes, já orientar o reforço dessa vacina, isso em relação a todos os imunizantes disponíveis”, afirmou o ministro.

Queiroga anunciou no fim de julho que a pasta encomendou estudo para avaliar a necessidade de dose de reforço para pessoas que receberam a Coronavac. Ele disse nesta quarta-feira que a pasta mirou o imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac e produzido no Brasil pelo Butantan porque já há estudos sobre a terceira aplicação para outros imunizantes.

“Ainda não há evidência científica sólida de como deve ser. Se deve ser o mesmo imunizante, outro, e qual o momento de fazer isso”, afirmou o ministro.

“Pessoas com duas doses podem adoecer, inclusive em formas graves, mas se compararmos os que se vacinaram com duas doses e aqueles que não receberam a vacina, o benefício da imunização é incontestes”, declarou Queiroga.

O ministro voltou a afirmar que a pasta deve decidir em setembro se reduz o intervalo entre as doses da Pfizer de cerca de 3 meses para 21 dias, como orienta a bula do imunizante. Neste mês o governo espera ter distribuído doses suficientes para a primeira aplicação em adultos.

O secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, apresentou projeção interna da pasta sobre o ritmo de imunização. Em cenário com redução do intervalo entre as doses da Pfizer e aplicação de cerca de 2,4 milhões de vacinas por dia, a perspectiva é praticamente completar a imunização de adultos com duas doses no fim de outubro.

Queiroga voltou a rebater críticas do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre mudança na fórmula de entrega de vacinas.
Doria vem travando uma disputa com o governo federal, afirmando que passou a receber menos doses.

O ministro repetiu que não há injustiças e que São Paulo havia recebido proporcionalmente mais doses que outros estados, por apresentar um número maior de pessoas em grupos prioritários.

Antes, a entrega era baseada no volume de pessoas em grupos prioritários em cada estado. Desde o fim de julho, novo acordo prevê que a distribuição de novas doses ocorra por apenas faixa etária e que haja compensações por doses extras recebidas por alguns estados -como em envio de doses por ações judiciais ou para grupos extras, como população de fronteira.

Queiroga também voltou a afirmar que o governo paulista recebeu doses extras da Coronavac. O Butantan faz entregas diretamente ao estado, ou seja, sem passar pelo Centro de Distribuição do governo federal.

O ministro disse que não houve “má-fé”, mas apenas divergências entre o cálculo do ministério e do governo paulista sobre as doses que deveriam ser entregues.

Fechado para comentários

Veja também

Santuário da Serra da Santa recebe mutirão de limpeza em Petrolina (PE) para visita de fiéis na Sexta-Feira da Paixão

O Santuário de Serra da Santa, localizado a cerca de 25 km de distância do centro urbano d…