Palmeiras é campeão com campanha histórica

A vitória do Palmeiras sobre o Vasco confirmou matematicamente, com uma rodada de antecedência para o término do campeonato, a conquista do título de Campeão Brasileiro de 2018. Com campanha que deslanchou no segundo turno, após a chegada de Felipão para o comando técnico da equipe, o Verdão conquistou seu décimo título brasileiro.
Com essa vitória, completou a impressionante marca de 22 jogos sem perder, que culminaram na regularidade que é fundamental num campeonato longo, nos moldes do Brasileirão. As estatísticas mostram que a equipe palmeirense apresentou na segunda metade da competição nacional, a melhor defesa e o melhor ataque, que ratificam essa conquista.
Porém, a meu ver tecnicamente falando, o Palmeiras não possui futebol bonito. Scolari trouxe para a equipe segurança defensiva e objetividade que levaram à regularidade nos resultados. Mas, o futebol bonito que Roger Machado tentou preconizar com o mesmo elenco, foi renegado para segundo plano.
Felipão mostrou toda sua experiência, conseguindo utilizar muito bem as melhores características de cada atleta. Acredito que tenha apostado no esquema mais conservador, influenciado pelas suas convicções pessoais, mas, também, como medida emergencial, pois o tempo era escasso e precisava de resultados muito rápidos.
Com Felipão no comando, foi recuperado o bom futebol de alguns jogadores, que estavam subutilizados na gestão anterior. Dudu e Lucas Lima foram alguns exemplos que voltaram a ser peças importantes na formatação da equipe. Deyverson, que era hostilizado pela torcida quando escalado por Roger, por ironia do destino, foi o autor do gol do título no jogo contra o Vasco.
Com Roger Machado a equipe estava sendo encaminhada para ter um futebol moderno, mas era notório que não respondia como esperado em momentos cruciais. No Campeonato Paulista já era possível observar oscilações, como a atuação que não convenceu no segundo jogo da semifinal contra o Santos e a derrota para o Corinthians na partida final.
O Palmeiras de Roger se tornou frágil devido ao desequilíbrio entre os resultados e a qualidade das apresentações. Esses fatores aliados ao elenco farto e qualificado, mas financeiramente caro, com incontrolável disputa de egos, foram determinantes para a troca da comissão técnica.
Confesso que compartilhava da desconfiança para com o trabalho de Scolari, que ficou marcado pela derrota histórica da Seleção Brasileira para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Mas, foi a opção que melhor se encaixou na situação do clube naquele momento.

GE

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