Operação da Polícia Federal investiga esquema criminoso operado por doleiros em Pernambuco

Nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da “Operação Amphis”, para investigar esquema criminoso evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina, lavagem de dinheiro e organização criminosa, operado por doleiros em Pernambuco e noutros estados brasileiros, e ainda nos Estados Unidos da América.

Estão sendo  cumpridos 9 mandados de busca e apreensão em sedes de empresas e em residências dos suspeitos. Além disso, foi decretado pela Justiça Federal de Recife/PE o sequestro de imóveis (quatro apartamentos localizados no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes/PE), e bloqueio de contas de empresas ligadas aos investigados. A ação ocorre nos municípios de Recife/PE, Belo Horizonte/MG e Iguaba Grande/RJ.

As investigações dos fatos apurados nesta fase foram iniciadas em 2020. Somente no Brasil, o grupo movimentou mais de R$ 250 milhões nos últimos dez anos.

Os policiais federais estão arrecadando material (documentos e arquivos digitais), que será analisado posteriormente pela equipe de investigação da PF em Pernambuco. As penas dos crimes, somadas, podem chegar a 26 anos de prisão.  Cerca de 40 policiais federais estão cumprindo os mandados de busca e apreensão.

PRIMEIRA FASE

A primeira fase da operação ocorreu em outubro de 2020, e teve como principais alvos os doleiros componentes da organização criminosa investigada.

Os alvos das medidas de busca e apreensão cumpridas hoje são operadores financeiros que atuam no Brasil e/ou nos EUA, que auxiliavam esses doleiros nas respectivas atividades criminosas, principalmente realizando transações bancárias de interesse dos mesmos. Também está sendo apurada possível sociedade desses doleiros com empresários pernambucanos atuantes na área de factoring.

Já os alvos das medidas de sequestro de bens formam um casal de doleiros que possuiu casas de câmbio em Recife/PE e em Porto de Galinhas, Ipojuca/PE, e tem negócios semelhantes na Flórida/EUA, promovendo remessas de valores do Brasil para o país norte-americano e vice-versa. Apesar de possuírem autorização para realizar algumas operações de câmbio, os investigados muitas vezes se utilizavam de sistema paralelo de remessas clandestinas, através de contas abertas em nome de laranjas e/ou empresas fantasmas, além de operadores financeiros com os quais se associaram, no Brasil e no exterior.

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