OMS: Uma em cada seis crianças são assediadas na internet, revela estudo feito em 44 países

Quase uma em cada seis crianças entre 11 e 15 anos (15%) afirma ter sido assediada online em 2022, um número que está aumentando, de acordo com um estudo de 44 países realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa é baseada em questionários aplicados a 279 mil crianças e adolescentes de 44 países e regiões da Europa, Ásia Central e Canadá.

“Este relatório é um alerta que nos convida a todos a combater o assédio e a violência, onde e quando ocorrerem”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, citado num comunicado.

A edição anterior deste estudo, chamado HBSC (“Health Behaviour in School-aged Children”, Comportamento de saúde em crianças de idade escolar, traduzido do inglês), baseado em dados de 2018, indicava que 13% dessas crianças nesta faixa de idade foram assediados quando utilizaram a internet.

O bullying físico manteve-se estável: 11% afirmaram ter sido vítimas de bullying na escola, em comparação com 10% das crianças questionadas na edição anterior do relatório. A pandemia mudou a forma como os adolescentes interagem, de acordo com nota da organização da ONU.

“As formas virtuais de violência tornaram-se particularmente proeminentes desde o início da pandemia de Covid-19, quando o mundo dos jovens se tornou cada vez mais virtual durante os períodos de confinamento”, observa o relatório.

De acordo com o novo estudo, 15% dos meninos e 16% das meninas afirmaram ter sido assediados online nos últimos meses pelo menos uma vez. Os níveis mais elevados foram registados entre as crianças da Bulgária, Lituânia, Polónia e Moldávia e os mais baixos entre as crianças de Espanha, afirmou a OMS.

Assédio online

“Com os jovens passando até seis horas por dia online, mesmo pequenas mudanças nas taxas de assédio e violência podem ter impactos profundos na saúde e no bem-estar de milhares de pessoas”, disse Kluge.

Um em cada oito adolescentes admitiu ter sido assediado online por um ou mais colegas, um número que aumentou três pontos desde 2018, segundo o relatório. Quando se trata de brigas, os dados são estáveis, com 10% de adolescentes que se envolveram em confrontos.

Na maioria dos territórios, o cyberbullying atinge o pico aos 11 anos para os meninos e aos 13 anos para as meninas. Além disso, há pouca ou nenhuma diferença com base nas categorias socioprofissionais dos pais.

“É necessário investir mais na monitorização das diferentes formas de violência”, observa o relatório, ao mesmo tempo que apela à regulamentação das redes sociais “para limitar a exposição ao cyberbullying”.

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