Oficiais da PM são punidos por desvio de combustíveis no Batalhão de Salgueiro (PE) avaliado em quase R$ 500 mil por Edenevaldo Alves Postado em 20 de setembro de 2018 Dois oficiais da Polícia Militar de Pernambuco foram punidos por causa de um desvio de combustíveis avaliado em quase R$ 500 mil no 8º Batalhão da PM, em Salgueiro, no Sertão. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), o coronel da reserva Dilson Silva a Meira e o capitão Marcos Aurélio da Silva Fausto são ’indignos da função de oficialato” e, por isso, devem perder os postos e as patentes. A portaria número 5272 foi assinada pelo secretário Antônio de Pádua Cavalcanti e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (19). De acordo com o texto, entre 2004 e 2007, os dois praticaram o crime de peculato, quando o servidor usa a confiança do cargo para subtrair ou desviar recursos públicos. A secretaria informou que os oficiais tiveram conduta irregular e praticaram atos que afetaram o decoro e o pundonor militar (ponto de honra, aquilo de que não se pode abrir mão). Diante disso, a SDS justificou que vai encaminhar ao governador Paulo Câmara (PSB) o pedido para que ele determine as demissões, como manda a lei. Segundo a SDS, o esquema consistia, segundo a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em uma fraude envolvendo o uso de tíquetes para a aquisição de combustíveis. O desvio totalizou R$ 472.332,49. No texto assinado pelo secretário, a Defesa Social afirmou que os oficiais tiveram direito a se defender. No decorrer da tramitação, a comissão que avaliou o processo entendeu a culpa do coronel da reserva e do capitão, enquadrados nas leis 8.666, que trata de licitações, e 8.429, relativa a crimes cometidos por agentes públicos. A SDS determina também o envio de cópia dos autos do processo para o Ministério Público para que adote as medidas cíveis e penais. A SDS ressaltou que existe uma ação penal militar em tramitação na Vara da Justiça Militar de Pernambuco. (G1 PE). Segundo a SDS, mesmo na reserva remunerada, Dilson está sujeito a punições previstas em lei. Ele pode perdera patente de coronel. No processo, um tenente também foi investigado, mas teve o processo extinto, uma vez que as provas não foram suficientes para determinar a condenação. Praças que também foram alvo da apuração já sofreram processos administrativos disciplinares.