Objetivo é concluir votação da Previdência na CCJ no dia 17, diz líder do governo

Alvo de pressão para ser destituído do posto, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), apareceu nesta terça-feira 9, pouco depois das 10h30 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para conferir in loco os resultados da mobilização para acelerar os trabalhos no colegiado pela reforma da Previdência.

O governo escalou o deputado Coronel Armando (PSL-SC) para inaugurar a fila de inscrições. Ele chegou às 9h30, é o primeiro da fila e vai apresentar requerimento para dispensar a leitura e votação das atas de reuniões anteriores – o que na prática acelera o trâmite até a leitura do parecer de admissibilidade da reforma. A sessão está marcada para 14h30.

“É um sacrifício que ele está fazendo. Queremos poupar tempo e fazer que avance mais rápido”, disse Vitor Hugo.

A segunda da fila é a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), mostrando que a oposição está marcando em cima. O clima é amistoso na fila.

“É um jogo que faz parte, mas estamos na frente hoje”, brincou Vitor Hugo, após o apagão na articulação na semana passada ter deixado o ministro da Economia, Paulo Guedes, nas mãos da oposição. “Não tem a ver com aprender, são evoluções que a gente vai fazendo”, afirmou o líder.

Para o Major, se o debate na semana passada com a presença do ministro tivesse alternado entre deputados favoráveis e contrários à proposta, o debate teria sido melhor. Ele acabou fazendo um mea-culpa. “Não é crítica ao Felipe (Francischini, presidente da CCJ e deputado pelo PSL), é um fato. Eu como líder do governo também poderia ter sido mais incisivo nessa coisa de fazer um debate com um contra e um a favor”, disse.

Ele sinalizou que essa alternância será almejada a partir de agora. “Vamos conduzir de maneira que sempre haja um contra e um a favor (falando alternadamente) e os líderes falando, como o regimento permite, a qualquer momento”, comentou.

Vitor Hugo disse que a votação está prevista para 17 de abril, mas, se for possível antecipar o início dos trabalhos das discussões, será melhor. Ele disse, porém, que o governo não quer fazer nada “açodado”. “O ideal é que votemos até o dia 17, passe logo para segunda fase. O foco grande das discussões se dará na comissão especial”, disse. (AE).

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