Número de jornalistas mortos nas Américas chega a 29 neste ano

A escalada da violência contra jornalistas nas Américas já deixou 29 mortos neste ano, um dos números mais altos dos últimos tempos, informa a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

Segundo a SIP, entre janeiro e outubro de 2018 foram mortos 11 jornalistas mexicanos, seis norte-americanos, quatro brasileiros, três equatorianos, dois colombianos, dois guatemaltecos e um nicaraguense. Um fotojornalista haitiano está desaparecido.

Os jornalistas brasileiros mortos são Marlon de Carvalho Araújo (Bahia), Jairo Sousa (Pará), Jefferson Pureza Lopes (Goiás) e Ueliton Bayer Brizon (Rondônia). O tema será abordado na Assembleia Geral da organização, de 19 a 22 de outubro, em Salta, na Argentina.

Sem fins lucrativos e baseada em Miami, EUA, a SIP se dedica à defesa e promoção da liberdade de imprensa no continente e é composta por mais de 1.300 publicações.

“O assassinato é o ápice dos atos de violência contra a imprensa que, em muitas ocasiões, se inicia com ameaças e agressões físicas”, declarou, em nota, Gustavo Mohme, presidente da SIP.

Mohme critica a impunidade em mais de 90% dos casos de agressões e assassinatos, que “agrava a sensação de desproteção” especialmente para os profissionais que trabalham no interior dos países.

Segundo a ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Brasil é o segundo país da América Latina com o maior número de jornalistas assassinados entre 2010 e 2017.

Durante este período, 26 repórteres foram mortos no país por motivos relacionados ao exercício da profissão. O número põe o Brasil atrás apenas do México, com 52 assassinatos de profissionais de imprensa no período. (Folha PE)

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