Novo laudo libera de vez consumo de pescados do litoral de Pernambuco

Um novo laudo, divulgado na segunda-feira (30), garante a segurança e libera o consumo de peixes e frutos do mar presentes no litoral de Pernambuco, mais de dois meses após o problema do óleo cru que poluiu praia, rios e manguezais. O relatório final das análises realizadas em 24 tipos de pescados não encontrou hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (material liberado pelo óleo, que pode ser tóxico) acima do limite estipulado como seguro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O estudo foi realizado em parceria pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Das 24 espécies analisadas, 17 foram de peixes (ariocó, bagre, boca torta, budião, cação preto, carapeba, cavala, cioba, coró, guaiuba, manjuba, sapuruna, sauna, saramunete, serra, tainha e xaréu), duas de camarão (rosinha e sete barbas), além de siri, aratu, ostra, marisco e sururu.

Vale destacar que o consumo dos peixes xaréu e sapuruna voltaram a ser liberados. Em um primeiro momento, a população foi desaconselhada a comer essas espécies. “As novas amostras desses peixes, coletadas nos mesmos locais das anteriores que tinham apresentado níveis de hidrocarbonetos um pouco acima do limite, agora apresentaram índices seguros para o consumo. Os laudos nos dão segurança para dizer aos pernambucanos que nossos pescados estão seguros”, explicou o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto.

O trabalho de coleta e análise dos pescados integra o plano de ação do Governo de Pernambuco para avaliar e monitorar o impacto do derramamento de óleo no litoral, tanto em relação à qualidade da água nas praias como em relação ao consumo dos pescados. Os lotes analisados foram coletados diretamente com pescadores artesanais no Cabo de Santo Agostinho, Canal de Santa Cruz, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, São José da Coroa Grande, Sirinhaém e Tamandaré, Pina e Ilha de Deus. Os locais e as espécies foram definidos pelo grupo técnico formado por professores da UFRPE, UFPE e extensionistas do IPA.

De acordo com o secretário Dilson, o Governo de Pernambuco vai continuar acompanhando a situação da pesca artesanal em Pernambuco. “Vamos continuar acompanhando a recuperação da pesca artesanal e divulgando o resultado das análises, como fizemos com o trade turístico. As pessoas já estão voltando a comprar nossos peixes, crustáceos e mariscos e em breve a situação estará normalizada”, avaliou. (dp)

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