No dia das mães, triatleta Ana Augusta passa por provações, mas se torna a Campeã Geral Feminino em competição internacional

A triatleta Ana Augusta participou do GPX Extreme, uma das maiores competições internacionais de triathlon do mundo, realizada em Maceió neste domingo (8).

Participaram da competição times femininos e masculinos das equipes GP Extreme, com 6h de prova, e da GP Sprint, com 2h. As premiações ocorreram das 09h30 às 11h30.

Os atletas tinham que nadar mil metros na água, pedalar 100 km e depois correr 10km. Ana Augusta revelou que o foco para vencer foi essencial diante das provações que passou durante o evento.

“Saí da água em primeiro lugar, geral feminino e na transição para pegar a bicicleta, no km 57 o pneu furou, fiquei parada e um participante me ajudou, e continuei na prova, faltando 43 km para acabar, fiz força e quando fui correr alguém pegou minha sacola com material com meu tênis, fiquei desesperada, era dia da mães, mas alguém da torcida jogou um sapato menor que o meu, saí para correr com um tênis que não era próprio de corrida, corri ainda os 10 km, fui campeã geral da prova umas das melhores que já fiz na vida, muitas provações em uma prova só, e representei bem o Vale do São Francisco a nível nacional”, contou.

Ana agradeceu em sua rede social por todo o esforço e ajuda que teve:

“Nas adversidades uns desistem, outros batem recordes”, foi lembrando do imortal Ayrton Senna que segui ontem numa prova onde tudo deu errado, menos o final .

Véspera da prova o sentimento era de cansaço, sem ânimo. Natação foi a melhor parte, fluiu. Bike, sempre minha amiga. Mas o asfalto péssimo furou meu pneu e de muitos. Parei com 57 km, vinha pedalando 85% do FTP, mais de 38 de média, bike desenvolvendo bem diante do inesperado vento que tanto fiquei feliz de ter entrado. Todos que passavam eu gritava: chama alguém da organização.

Eu não queria desistir, meus filhos estavam me esperando, até que um anjo bom parou a prova dele e veio me ajudar. Conseguimos ajeitar o pneu.  Subi na bike e só lembrei das palavras acima de Ayrton Senna. Voltei com muita vontade de fazer força, recuperei posições e segui para fechar os 100km de bike.

Desci da bike e fui pegar o tênis na sacola, não encontrei, alguém levou  Só lembro de dizer que não queria parar. Então muita gente ofereceu tênis, peguei o primeiro que recebi, senti apertado, mas continuei.

Na saída da corrida coincidiu de encontrar Pedro, que havia fechado a primeira volta dele e estava em segundo geral masculino (eu não sabia). Só sei que ele correu e grudei nele, minha respiração ficou ofegante, fui resistindo sem saber o que doía mais: o ritmo dele ou o sapato apertado.  Mas como só eram 10km de corrida e com a mãozinha de Joãozinho e Clarinha estendida em cada volta, os gritos de mama, Roginho, amandinho, Duda, só pensava em chegar. E cheguei Campeã Geral.

A todos meus filhos , vocês são meus combustíveis. Ainda assim foi o melhor dia das mães da minha vida. Tudo por vocês.

 

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