Não há nenhuma razão para impeachment, diz Lula

RIO DE JANEIRO, RJ, 24.02.2015: PETROBRAS/MANIFESTACAO - O ex-presidente Luiz Ina¡cio Lula da Silva e sindicalistas participam ato em defesa da Petrobras como tema "Defender a Petrobras defender o Brasil", organizado pela CUT (Central Uninica dos Trabalhadores) e FUP (Federacao Unica dos Petroleiros), em frente da sede da Associacao Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, nesta terca-feira (24). (Foto: Paulo Campos/Folhapress)

Apesar de reconhecer as dificuldades do governo com o Congresso Nacional, Lula afirmou que o ‘dever’ da presidente Dilma é governar, pois ela foi eleita por 204 milhões de brasileiros. “Eu sei que hoje temos alguma incerteza na base política do governo por diferenças entre o Casa e o governo, entre os partidos políticos. … Mas se recuperarmos a harmonia política também podemos resolver os problemas econômicos”, disse.

Segundo Lula, é preciso ficar atento ao ciclo das ações do governo e que é preciso retomar os investimentos que, no entanto dependem da credibilidade que as pessoas têm no governo. “Se a economia não cresce o Estado não coleta. Se o Estado não recolher o Estado não investe. Se o Estado não investir os empresários não investem, porque eles não têm confiança. Se o Estado não recolhe por conta desse ciclo, o Estado terá que aumentar os impostos”, afirmou, destacando que isso enfraqueceria o governo politicamente. “Ou seja, há toda uma engenharia que não está em livros de economia, porque é político.”

Lula, que afirmou ter aprendido sobre economia com a mãe que era analfabeta, fez críticas ao governo Dilma, que semana passada enviou ao Congresso o Orçamento de 2016 com a exposição do rombo de R$ 30,5 bilhões. “Você não pode gastar mais do que recebe. Você não pode gastar mais do que as receitas”, disse. “Fazer política econômica é como dirigir as portas de uma hidrelétrica. Você tem que saber quando deixar a água e quando não. Você tem que gastar o que você pode gastar, limitado. Quando você adota uma política de isenção de impostos que você tem que saber qual será a consequência”, afirmou.

O ex-presidente disse ainda que se dez economistas ficarem trancados em uma sala discutindo soluções para crise, a decisão será fazer “cortes, cortes e mais cortes”. “Quando eu era presidente da República me cansava de dizer que não era economista, mas adorava os economistas, pois quando eles estão fora do governo eles sabem de tudo”, afirmou.

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