Multidão clama por justiça e paz no colégio onde Beatriz foi morta

Foto: Jadir Souza
Foto: Jadir Souza

Em um momento de silêncio e homenagens uma multidão tomou conta do portão lateral do Colégio Maria Auxiliadora, Centro de Petrolina e oraram por Beatriz Angélica Mota, 7 anos que foi brutalmente assassinada na noite da última quinta-feira (10) durante um evento.

A menina foi encontrada em uma sala de materiais esportivos com sinais de ferimentos pelo corpo logo após uma pessoa ter avisado sobre o crime ao pai da garota.

Vestidas de branco, as pessoas fizeram uma corrente e rezaram pedindo paz e justiça e ainda deixaram velas e flores no portão da instituição de ensino em homenagem a Beatriz.

Quem compareceu ao SAF de Juazeiro na tarde de ontem ainda questionava o motivo para tanta brutalidade em um crime que deixou todos em choque.

Os pais da garota não tinham condições de gravar entrevista e os demais familiares consolavam uns as outros. Durante o velório, os presentes fizeram uma corrente de oração e acompanharam o trajeto, até o cemitério da comunidade de Lagoa da Pedra, região de Maniçoba, interior de Juazeiro.

Investigações

A causa da morte de Beatriz Angélica Mota, foi constatada como hemorragia causada em decorrência de lesões por arma branca, uma faca, que, de acordo com informações, ainda estava cravada no corpo da vítima. A faca estava localizada na região da clavícula, e foi recolhida para o instituto de criminalística.

“Todos os procedimentos, no sentido de coleta de impressões digitais e demais materiais genéticos colhidos no local do crime, estão sendo providenciadas. A nossa intenção não é trazer um culpado, mas, sim, quem realmente cometeu o crime, então toda a precipitação, agir no calor da emoção, pode vir comprometer inocentes, e é exatamente isso que o trabalho da Polícia Civil visa afastar”, esclareceu a delegada.

Suspeitos

A respeito de um homem que estaria circulando pelo local, durante o evento na escola, de maneira suspeita, usando vestimentas que não condiziam com a cerimônia, e que seria o acusado do crime, a delegada esclareceu que foi feita a identificação de uma pessoa com essas características, mas que essa é uma hipótese que pode ser descartada, em detrimento de um outro suspeito. “A gente trabalha com um segundo indivíduo, que as pessoas nos passam características e agora a gente está em busca dessas segunda pessoa”, conta.

No entanto, a delegada afirma que, até o momento, não se tem conclusão quanto a autoria do crime. “Não existe nenhuma informação da Polícia Civil, que é competente para investigar o caso, sobre autor e motivação do crime”.

Diante disso, Sara Machado pede que não sejam veiculadas, nas redes sociais, informações sobre o caso, ou possíveis suspeitos, pois podem gerar transtornos envolvendo pessoas inocentes. “A gente pede as pessoas que não divulguem fotografias e informações sobre suspeitos, por que essas informações não condizem com as investigações, além de colocar em risco a integridade de outras pessoas inocentes”, adverte.

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