Movimento Estudantil da UPE emite pauta de reivindicações sobre greve de ocupação em Petrolina

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Reivindicando entre outras questões a revogação da PEC 241 e a reforma do ensino médio, os estudantes da Universidade de Pernambuco – campus Petrolina continuam com a greve de ocupação na instituição que permanece com as atividades paralisadas. O Movimento Estudantil Ocupe divulgou um nota onde esclarece todos os pontos de reivindicações, confira o conteúdo na íntegra:

  1. Porque ocupamos a UPE – campus Petrolina?

A paralisação das atividades da Universidade de Pernambuco – campus Petrolina ocorreu no dia 10 e 11 de outubro por meio de duas Assembleias Gerais Estudantis lotadas com cerca de 900 estudantes. A decisão foi tomada devido aos problemas que vêm se agravando ao longo dos últimos cinco anos. Essas são as consequências de uma política de sucateamento da educação pública e saúde, em especial, com os cortes orçamentários tanto para o Ensino Superior quanto para a Educação Básica.

A atual conjuntura política e econômica do nosso país contribui para a intensificação de ataques aos direitos da população. As medidas drásticas que Temer (PMDB) aliado ao Congresso Nacional e outros governantes estaduais e municipais tem imposto nos mobiliza ainda mais para lutar e combater esse governo antipovo. Não só medidas econômicas como a PEC 241 que congela os gastos públicos federais por 20 anos e a MP (Medida Provisória) que reforma o Ensino Médio precarizando mais ainda o Ensino Básico, excluindo as disciplinas de artes, filosofia e sociologia. Lutamos também contra medidas que têm sido impostas para tentar calar os/as trabalhadores e impedir que nos posicionemos e organizemos. Em relação aos docentes está vigorando o  projeto do Escola sem Partido. Nenhum direito a menos!

Portanto, para defender a nossa universidade e o direito de concluir nossos estudos, assim como de outros jovens poderem ter esse direito, decidimos nos somar a tantas lutas que já estão em curso no nosso país em defesa dos direitos à saúde, à terra, à aposentadoria, moradia, entre outros. A brava luta dos estudantes secundaristas em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Paraná nos enchem de ânimo de luta. Não tem arrego!

  1. Quais são as nossas pautas?

O atual governador do estado, Paulo Câmara (PSB), reduziu as verbas destinadas à UPE (Petrolina) de 2,5 milhões para 1,29 milhões. Este valor representa um corte de mais de 40% no orçamento da universidade! O que estava ruim, está piorando! Além disso, os prefeitos das cidades e distritos vizinhos após serem derrotados nas últimas eleições municipais cortaram os ônibus que transportam os estudantes até a Universidade.

Assim, reivindicamos: 

  1. A revogação da PEC 241 e a reforma do ensino médio;
  2. Liberação de verbas para o manutenção da universidade;
  3. Realização de concurso público para professores, técnicos administrativos em educação e seguranças;
  4. Garantia de transporte público e gratuito para os alunos das cidades adjacentes;
  5. Implantação de uma política de assistência estudantil;
  6. Restaurante Universitário;
  7. Creches para filhos dos estudantes e servidores;
  8. Residência Universitária;
  9. Mais verbas destinadas para a melhoria dos programas de pós-graduação e de extensão;
  10. Melhoria da infraestrutura: reforma do auditório, mais livros para a biblioteca, acesso a internet aberta, manutenção de elevadores, ar-condicionado, laboratórios e espaços de aulas práticas.
  11. Clínica escola
  12. Ônibus próprio para a UPE – campus Petrolina.
  1. Como está sendo a dinâmica da greve de ocupação?

Apesar de estarmos em estado de paralisação, a UPE nunca esteve tão em movimento como neste momento. Várias atividades estão sendo realizadas as quais atendem várias temáticas diferentes. Além disso, nos somamos a luta dos estudantes da Univasf e temos contado com um grandioso apoio de nossos professores, grupos de estudos e movimentos populares e estudantis! Venha entender mais e fortalecer essa justa luta!

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