Manifestação sobre o caso Beatriz é marcada por gritos de justiça e muita oração em Petrolina

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Após os quase 20 dias do brutal assassinato da garota Beatriz Angélica Mota, 7 anos, ocorrido no Colégio Maria Auxiliadora, uma multidão tomou conta das ruas de Petrolina na noite desta segunda-feira (28) pedindo justiça e a posição das autoridades diante do caso.

beatriz1Organizado pelo grupo de jovens da Paróquia Santa Terezinha do bairro Piranga em Juazeiro, a manifestação contou com o apoio de autoridades e motoqueiros da região e junto com os presentes realizaram um ‘buzinaço’ em forma de protesto. O ato teve início na Praça da Catedral, onde foi feito um círculo de oração que começou a reunir dezenas de pessoas.

Logo após,  a caminhada seguiu até a frente da escola, onde diversasbeatriz5 pessoas colocavam cartazes nas grades do principal portão da escola e gritavam por justiça. Depois a população seguiu ela Avenida Guararapes em direção a porta que fica próximo a quadra da instituição de ensino. O terço da misericórdia foi rezado com a condução dos religiosos da Paróquia Santa Terezinha e a emoção tomou conta dos olhos dos participantes no local. Choro, expressões de tristeza e a pergunta que mais se ouviu. Quem matou Beatriz?

Para a Jovem Gabriela Carneiro, o motivo do protesto tem haver com a atitude de ser humano que anseia por respostas sobre o caso

beatriz4“A dor dor que os pais de Beatriz está sentindo é inexplicável e nós jovens seres humanos já sofremos também. Está sendo muito difícil aceitar isso porque ninguém imaginava que isso poderia acontecer dentro de um colégio, de uma festa e a gente sabe que o Maria Auxiliadora tem segurança, mas com um pouco mais de esforço chegaremos à conclusão desse caso”, disse a jovem.

As vereadora Maria Elena (PSB) e Cristina Costa (PT) acompanhada de Isabel Cristina também participaram do momento. A vereadora Maria Elena avaliou que o silêncio está predominando o caso Beatriz e espera que as famílias do Vale do São Francisco ganhem um presente de ano novo e ela explicou qual é.

beatriz3“São quase vinte dias de um caso sem solução e o silêncio das autoridades e da escola predomina. Esse caso deixou de ser somente familiar e se tornou público e esperamos a solução para esse crime não podemos ficar sem uma explicação. Essa é uma forma de pressionar as autoridades. A solução precisa de ágil e nós queremos esse monstro preso. O que uma criança de sete anos tem de maldade? Acredito na inteligência na polícia. dê esse presente de ano novo as famílias de Petrolina, que é solucionar o quanto antes esse crime” desabafou Maria Elena.

Novo Ato

No dia 9 de janeiro de 2016 (sábado), às 9h, foi agendada uma nova manifestação com concentração na ilha do fogo seguindo pela Ponte Presidente Dutra em direção ao Centro de Petrolina.

O caso e as investigações

No dia 10 de dezembro, Lúcia Mota e Sandro Romildo estavam participando de uma festa de formatura na escola onde Sandro Romildo dava aulas de inglês, no Colégio Maria Auxiliadora e, o casal levou sua filha de 7 anos, a garota Beatriz. Numa certa altura da festa a pequena saiu da presença dos pais. Preocupados, eles começaram a procurar Beatriz e, logo os outros convidados da festa se puseram a fazer o mesmo e, pouco tempo depois, horrorizados, os pais encontraram em um deposito de material esportivo da escola, a filha, Beatriz, morta a golpes de faca.

o Caso Beatriz continua sendo motivo de questionamentos da população que aguarda alguma resposta do crime.

Em entrevista concedida pelo delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira Jacinto foi constatado que o caso Beatriz é de alta complexidade e que as investigações continuam.

Mais de 50 pessoas já foram ouvidas e novas perícias serão realizadas, sendo aguardados alguns peritos de Recife que chegarão na cidade. O delegado pediu paciência a família de Beatriz e a sociedade.

As dificuldades pertinentes ao caso são por falta de provas testemunhais inexistentes e outras linhas de investigações estão sendo traçadas com o intuito de identificar suspeitos.

Sobre a hipótese de quem teria praticado o crime seria um homem, essa possibilidade continua sendo analisada em sigilo.

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