Manga de Petrolina na mira de supermercados da Rússia

Com mais de 200 lojas em Moscou, na Rússia, a rede francesa de supermercados Auchan enviou representantes a Petrolina nos últimos dias 23 e 24, para uma prospecção que visa à importação de manga e uva do Vale do São Francisco. O interesse do grupo cresceu depois que o governo russo fez investimento em uma câmara frigorífica, que vai isentar a rede Auchan da dependência de distribuidores da Holanda. A missão do grupo a Pernambuco foi intermediada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe anunciou o esforço de atração da Auchan, na última quinta-feira (24), durante palestra sobre o cenário de exportações no Brasil e a atuação da agência, ministrada por ele no Encontro Nacional de Editores Colunistas, Repórteres e Blogueiros (Enecob), em Salvador (BA).

“Trata-se de um grupo importante, a terceira maior rede de varejo no mercado russo. Eles estão visitando o Vale do São Francisco para importar, sobretudo, manga. Eles têm mais de 23 supermercados e tendem a depender da câmara (frigorífica) terceirizada, via Holanda, que é um grande hub”, relatou Jaguaribe.

A captação foi realizada pelo escritório da Apex em Moscou, responsável por fazer a ponte com o escritório da Apex em Recife, cujo gerente, Armando Peixoto, acompanhou a visita a Petrolina no último dia 23. A incursão às empresas exportadoras de Petrolina foi acompanhada ainda do presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Jorge Souza, do analista da Apex de Moscou, Diego Sturdze, além de armadores, que já estudam uma rota que não exija passagem por Rotterdam e torne o trajeto mais próximo da Rússia. Entre as empresas visitadas, a Fazenda Tambaú, do Grupo Queiroz Galvão e a Finobrasa Agroindustrial, do Grupo Vicunha.

“A coisa nasceu agora. O escritório de Moscou da Apex fez essa captação porque a fruta de Petrolina todinha, quando é exportada, tem um hub na Holanda. Então, eles ficam na mão de distribuidores. Ali, eles têm um frigorífico. Eles, agora, não vão precisar mais do distribuidor. Então, o pessoal de Petrolina vai colocar as frutas dentro dos supermercados deles”, detalha Armando Peixoto.

A partir daí, é que vai se partir para uma negociação. A Apex – que tem 10 escritórios no exterior e, no Brasil, em Pernambuco e em São Paulo – não entra no processo de discussão de preço, trata apenas de estreitar o relacionamento entre o comprador e a empresa exportadora. (Folha PE).

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