Lula quer adiar interrogatório marcado para setembro

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) requereu, ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, a suspensão do novo interrogatório marcado para 13 de setembro, no processo em que o petista é acusado de corrupção passiva por recebimento de propinas da empreiteira Odebrecht para compra de terreno supostamente destinado à construção de uma futura sede do Instituto Lula. Os advogados de Lula alegam a necessidade de submeter ao contraditório alguns papéis juntados no dia 3 de agosto pelo Ministério Público Federal ao processo, após a realização de 34 audiências e a oitiva de 97 testemunhas.

Na petição, a defesa do ex-presidente pede a Moro que determine ao MPF a apresentação de todas as correspondências trocadas com o Ministério Público da Suíça sobre o sistema “My Web Day” – exibindo, inclusive, a via eletrônica dos documentos para que sejam submetidos à perícia. Segundo os advogados, a força-tarefa do MPF na Lava Jato informou que não teve acesso à cópia integral do sistema, embora um delator da Odebrecht tenha declarado estar na posse da chave correspondente. Os advogados de Lula afirmam que o colaborador se “retratou” dessa afirmação, cinco dias após ter requerido o acesso ao “My Web Day”.

“O Ministério Público Federal promoveu a juntada tardia de papéis ao processo, impedindo que a defesa pudesse indagar às testemunhas sobre esse material”, argumentam os advogados do ex-presidente. “Há necessidade de dar oportunidade para que as testemunhas indicadas pela defesa sejam reinquiridas. A juntada desses papéis também não foi acompanhada de qualquer indicação de origem e devem ser objeto de uma perícia.”

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