Laboratório Farmacotécnico Hospitalar da Univasf recebe novos equipamentos e expande produção de álcool 70%

Quando o Laboratório Farmacotécnico Hospitalar (LFH), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e do Hospital Universitário (HU-Univasf), foi criado, no final de março, a produção diária era de 120 litros de álcool etílico 70% líquido, destinados a unidades de saúde de referência no atendimento a pacientes com Covid-19, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Hoje, sete meses depois, o volume produzido cresceu para uma média de 250 litros de álcool 70% por dia, o leque de produtos também se expandiu e diversas parcerias foram firmadas, não apenas voltadas à produção e doação de álcool, mas também à formação de profissionais da área de saúde. Para reforçar todas essas ações, o LFH acaba de receber novos equipamentos, adquiridos com recursos do Ministério da Educação (MEC) para o combate à Covid-19 na região do Vale do São Francisco.

Além do álcool etílico 70% líquido, saem do LFH atualmente álcool gel, álcool glicerinado e sabonete em barra. E na semana passada, a equipe deu início à produção de sabonete líquido. No total, nestes sete meses de funcionamento do laboratório, foram produzidos 16.380 litros de álcool líquido, 462 de álcool gel, 455 litros de álcool glicerinado e 345 unidades de 50 gramas de sabonete em barra. “Toda essa produção foi feita apenas com dois agitadores mecânicos, que são emprestados. Com a chegada de mais dois desses equipamentos, adquiridos com a verba do MEC, a produção será aumentada significativamente. Arrisco a afirmar que certamente duplicará”, diz a coordenadora do LFH, Joyce Kelly Marinheiro da Cunha Gonsalves.

Entre os equipamentos recebidos destacam-se os agitadores (um deles na foto ao lado), utilizados para homogeneização das dispersões. O LFH também receberá, em breve, um viscosímetro, que se destina a avaliar a viscosidade dos géis e sabonetes líquidos, proporcionando um parâmetro a mais no controle de qualidade desses produtos, de acordo com Joyce. “Esses novos equipamentos serão essenciais para a produção”, comenta.

A coordenadora também ressalta a importância da equipe de voluntários que atuam no LFH, que atualmente conta com cerca de 50 pessoas, entre estudantes de graduação e pós-graduação da Univasf e de outras instituições de ensino da região, professores e outros profissionais. “Recebemos estudantes dos cursos de Farmácia e Medicina, da Residência Multiprofissional em Intensivismo e do Programa de Pós-Graduação em Biociências. Eles atuam no recebimento, coleta, triagem, higienização de embalagens, distribuição e conferência dos produtos e insumos”, relata. Segundo ela, a expectativa é de ampliar mais vagas nos próximos meses para a colaboração de outros discentes.

Joyce destaca que o trabalho desempenhado pelo LFH se tornou possível graças às parcerias estabelecidas com a Secretaria de Saúde de Juazeiro, a Policlínica Regional de Saúde em Juazeiro e com o Instituto Federal da Bahia (IFBA); e à participação da comunidade acadêmica e externa com a doação de embalagens. “Contamos com o apoio de empresas como Garrafas do Vale, Icofort, Unimed Petrolina e de projetos acadêmicos, como o Programa Escola Verde (PEV), além da contribuição da população, que colaborou de forma importante com a doação de recipientes para acondicionar os nossos produtos. Sem as embalagens, a produção tem que ser interrompida, como já aconteceu em alguns períodos”, relata a professora.

A produção do LFH é encaminhada a diversas unidades de saúde e entidades assistenciais da região, entre as quais o HU-Univasf, a Secretaria de Saúde de Juazeiro, a Policlínica Regional de Saúde em Juazeiro, o Lar de Idosos Casa de Vó, como doação da Policlínica de Juazeiro, o Instituto Federal da Bahia (IFBA) e a própria Univasf.

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