Lá se vai Isaura…

O tempo, esse grande moinho de ventos, gira e sopra aventuranças e dissabores. Andando pelas currutelas conheci uma fada pós moderna que viu duas guerras passar, o bando de Lampião rangendo peixeira por esses sertões, a luz elétrica chegar…

ISAURA! A namorada do tempo. Parteira por vocação, artesã, costureira e um grande oráculo cultural. Com todo o conhecimento de praticas da religiosidade das matas, devota de Nossa Senhora e de Cosme e Damião, Mãe Isaura, era mulher a frente da sua idade biológica, já no seu tempo tinha atitudes revolucionárias de empoderamento feminino.”Não nasci pra ser mandada por homem”. Ela dizia que mulher tinha que se dar o respeito, mas nunca baixar cabeça pra homem.

Isaura subiu agarrada no moinho dos ventos do tempo. Ele, o senhor dos ponteiros permitiu que ela derramasse sua graça por 108 anos. Para Armando Enfermeiro e família, deixo o meu abraço com cheiro de alfazema.

Por Cassio Lucena.

Foto:  Lissandro Carvalho

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