Juazeiro (BA): “Ambulatório Trans” começa a funcionar nesta quarta-feira (09) pelo SUS

No mês do orgulho LGBTQIAP+ as pessoas que se identificam com um dos grupos que a sigla engloba passarão a ter atendimento médico exclusivo em um ambulatório que começa a funcionar nesta quarta-feira (09) no Hospital São Lucas (HSL), em Juazeiro.

Inicialmente, o atendimento irá ocorrer sempre nas tardes de quarta-feira, de forma exclusiva para a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). Neste primeiro momento serão 4 pacientes por turno, mas esse número pode aumentar com o tempo.

Os pacientes serão encaminhados a princípio pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Inclusão. Eles são cadastrados pelos assistentes sociais da secretaria e direcionados ao ambulatório. Luna Carvalho é mulher trans e supervisora da pasta LGBT da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Inclusão Social. Ela, que tem participado ativamente das discussões a fim de promover ações de políticas públicas para a população LGBT, reconhece a importância do atendimento voltado para esse público. “Para mim, é um avanço extraordinário para a população trans, tendo em vista o descaso e o preconceito sofrido há décadas principalmente no que se refere à saúde, lembrando que somos pioneiros no Vale do São Francisco. Estamos muito felizes com essa conquista”, diz Luna.

O atendimento ambulatorial faz parte da formação dos estudantes de Medicina e é viabilizado por um convênio entre a instituição de ensino, o HSL e Município de Juazeiro, através da Sesau. Assim, o IDOMED – Estácio disponibiliza professores, que são médicos e atuam como preceptores no hospital. Nesse contexto, os estudantes podem acompanhar os atendimentos em várias especialidades. O ambulatório Trans integra a disciplina de Saúde da Mulher e da Gestante. A médica Ginecologista e Obstetra, Dra. Fabíola Leite, tem especialização em Sexualidade Humana e será responsável pelos atendimentos juntamente com os alunos. “O ambulatório foi criado para atendimento de homens e mulheres trans, especialmente nos aspectos referentes aos tratamentos hormonais, como porta de acesso para a transição de gênero. A ideia não é criar um ambulatório segregado da rede de saúde. Pelo contrário, é colocar uma porta de entrada que seja mais fácil de as pessoas chegarem para ter seu primeiro atendimento, serem ouvidas nas suas necessidades, muitas delas específicas de saúde”, explicou a médica.

Sobre o IDOMED – O IDOMED é um grupo que reúne 14 escolas médicas e consolida a tradição de mais de 20 anos de experiência nesse segmento acadêmico. Estamos presentes em todas as regiões do país, com mais de seis mil alunos e foco em excelência no ensino, aprendizado prático, tecnologia aplicada e conexão com a carreira médica. O grupo oferece programas de graduação, pós, especialização, residência médica e cursos de atualização. Está entre os líderes na incorporação de tecnologia educacional voltada à formação em Medicina.(ascom)

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