Jornal diz que Aeroporto Internacional da Serra da Capivara é só no nome

mosca

A Folha de S. Paulo desta quarta-feira (17) dá destaque ao abandono do Aeroporto Internacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI).

Com o título, “Às moscas, aeroporto na Serra da Capivara é internacional só no nome”, a jornalista Daniele Belmiro, de São Paulo, afirma que o aeroporto demorou 12 anos em construção e consumiu R$ 18 milhões. Seria aeroporto internacional para “receber voos das principais empresas aéreas do país e facilitar o acesso dos turistas ao Parque Nacional Serra da Capivara”, mas hoje, “quatro meses após ser inaugurado, nunca recebeu um voo comercial”.

A repórter informa que “apenas 25 aeronaves particulares, com cerca de 80 passageiros, passam pela pista por mês. O terminal de passageiros permanece fechado desde a inauguração, e o custo mensal de manutenção do aeroporto é de R$ 150 mil, pagos pelo Estado do Piauí”.

Reivindicação antiga dos pesquisadores do parque, à frente a professora e arqueóloga Niède Guidon, o empreendimento deveria ser sustentado pela União e pelo Estado, atraindo turistas internacionais.

Entretanto, durante os 12 anos de construção do aeroporto o parque foi perdendo visitantes. Recentemente, Niède Guidon demitiu mais 27 funcionários. O parque, que já teve 270 servidores, só conta agora com 40. O orçamento para administrá-lo exige investimento de R$ 4,6 milhões por ano.

Um dos problemas alegados pelo governo, segundo a matéria da Folha, é que “a obra do aeroporto demorou por causa de atrasos no repasse do Ministério do Turismo e por um embargo do Ministério Público Federal, que investigava irregularidades”.

“O aeroporto tem autorização da Anac (agência de aviação civil) para funcionar, mas as companhias dizem não haver demanda, segundo o secretário de Transportes do Piauí, Guilhermano Pires”, descreve a matéria.

“O Estado negocia com a empresa paraense de táxi-aéreo Piquiatuba, que pretende começar a operar em março. Os voos serão feitos duas vezes por semana, em aviões para 30 passageiros, segundo o diretor Fábio Pazetto”, acrescenta o texto da repórter.

“O Parque Nacional Serra da Capivara, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco devido à concentração de sítios arqueológicos, recebe cerca de 18 mil visitantes por ano. O potencial, porém, é de 5 milhões, segundo Niède”, informa a Folha.

Aliás, não se faz turismo só com vontade. É preciso investir na saúde, nas redes hoteleira e gastronômica, na oferta de casas de saúde, em estradas, em saneamento básico, em energia elétrica etc, etc, etc.

E com o abandono do parque, sem capacidade de receber turistas, o aeroporto fica subutilizado.

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