Irmão de Eduardo Campos apresenta novas suspeitas sobre acidente que matou socialista

Em nova petição protocolada na manhã desta segunda-feira (2), o advogado Antonio Campos apresenta novas suspeitas acerca do acidente que vitimou o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e equipe, durante voo em Santos (SP), no dia 13 de agosto de 2014.

O advogado, que é irmão do socialista, afirma no documento que o “Speed Sensor” – ou sensor de velocidade da aeronave – “à toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional 2 improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso”. Para ele, o fato é grave e relevante na investigação da causa do acidente, podendo mudar o rumo da investigação.

Na petição, Antonio Campos cita o que chama de fato secundário: o gravador de voz do avião que foi desligado. “O CRV da aeronave deixou de ser energizado e, assim, parou de gravar dados de voz. A última gravação de voz colhida no acidente, que consta no inquérito, pelo menos, foi de 23 de janeiro de 2013”. “Se o gravador passou a ter problemas após a sua ida a oficina, também é possível que outros problemas também tenham passado a existir”, argumenta.

Além disso, para embasar sua denúncia, Antonio Campos cita um incidente com o avião durante a Labace – evento do setor da aviação – ainda no final de 2012. Na ocasião, um poste caiu sobre a aeronave, que precisou ser levada para manutenção. Segundo o advogado, ao remontar a cauda da mesma, a equipe de manutenção “deixou para trás um problema” – que seria uma falha no sistema de gravação de conversas nas cabines e transmissões radiofônicas.

No relatório da Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) apresentado na petição, o órgão afirma que “não foi possível determinar o motivo pelo qual, a partir de 23 de janeiro de 2013 o CVR da aeronave deixou de ser energizado e, assim, parou de gravar dados de voz”.

Ainda de acordo com o advogado, “há indícios que deixou também outro mais grave e relevante problema: a religação do sensor de velocidade, ou Speed Sensor. Sem o Speed Sensor o avião não poderia jamais voar a 200 knots com Flaps ainda por recolher ou em recolhimento. Acontecendo o acima descrito, a ‘armadilha’ pegou de surpresa os pilotos no momento em que reiniciavam subida após aproximação perdida, sobrevoo da pista e curva à esquerda para retornar ao ponto de início de um novo procedimento de aproximação. Naquele momento, o avião estava leve e com dois ótimos e potentes motores os quais, num instante, aceleraram e ultrapassaram fácil os 200 nós de velocidade *com os Flaps ainda por serem recolhidos”.

Para ele, isso tudo pegou, de surpresa, o comandante que, junto com o copiloto, agarraram-se aos manches, na tentativa de recuperar o avião do mergulho. “Voando baixo como estavam, apanhados de surpresa com a PR-AFA mergulhando, sequer tiveram tempo de reduzir imediatamente os dois potentes motores. O acidente tornou-se inevitável. Na hipótese de um acidente encomendado, essa armadilha é algo inteiramente possível para o caso”.

Questionado se o fato de o sensor de velocidade desligado não havia aparecido antes nas investigações, Antonio Campos disse que “tinha suspeita” sobre o fato, mas que “agora ficou mais claro”. As informações chegaram até ele por meio de relato de peritos que estudam e acompanham o caso para o irmão do ex-governador. (Folha PE).

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