Gonzaga Patriota defende abertura de processo contra Temer

O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) foi um dos poucos parlamentares da bancada federal de Pernambuco a se posicionarem pela admissibilidade da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB). Segundo levantamento do Jornal do Commercio, dos 25 integrantes da frente, apenas oito foram favoráveis à abertura de processo contra o presidente da República em ação penal e dois pelo arquivamento.

“Tanto o Congresso Nacional, como as casas dos poderes Executivo e Judiciário, são do povo. E elas não podem se sujar por ações nefastas dos seus membros. Comprovado o crime de quem quer que seja, esse elemento tem que ser afastado, não importa se vereador, deputado, senador, prefeito, governador, presidente da República, juiz, desembargador ou ministro de qualquer tribunal. Vou votar, sim, para apurar se Michel Temer prevaricou – assim como fiz com Dilma Roussef”, declarou Gonzaga Patriota.

Além de Gonzaga, Danilo Cabral, Tadeu Alencar e Severino Ninho, todos do PSB, também defendem a abertura do processo contra Temer. “As denúncias são gravíssimas e devem ser rigorosamente investigadas pelo STF”, afirmou Danilo.

Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures foram denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção passiva. Eles são acusados de terem recebido propina do frigorífico JBS. Rocha Loures, ex-assessor de Temer, seria o “homem da mala” do presidente.

No texto, Janot afirmou que Temer “ludibriou os cidadãos brasileiros e, sobretudo, os eleitores, que escolheram a sua chapa para o cargo político”. O procurador pede ainda que o presidente seja condenado a pagar uma indenização de R$ 10 milhões, e que Rocha Loures pague R$ 2 milhões. A justificativa são os “danos morais coletivos” que, segundo Janot, teriam sido cometidos por Temer e Rocha Loures.

Para o procurador-geral, não há dúvidas de que o delito que teria sido cometido pelos dois “causou abalo moral à coletividade”. Janot considera ainda que o fato “ajuda a comprometer a imagem da República Federativa do Brasil, do parlamento, da Presidência da República”.

Temer conta ter os 172 votos necessários para barrar as acusações no plenário. Pela Constituição, são necessários 2/3 dos votos, ou 342 dos 513 votos da Câmara, para se autorizar a abertura de processo com base na denúncia.

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