Gonzaga Patriota critica Programa que substituiu o “Mais Médicos”

O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) destacou algumas ressalvas ao programa Médicos pelo Brasil, que substituiu o Programa Mais Médicos, criado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo o parlamentar, o novo programa não leva em consideração os “bolsões de pobreza” do país, que precisam ser considerados para “evitar perdas”.

“Segundo o Governo Federal, o Programa Médicos pelo Brasil atenderia plenamente a população brasileira. Mas essa não é a realidade. Com o fim do programa Mais Médicos, muitas regiões carentes deixaram de receber atendimento e isso, com certeza, colaborou para fragilidade do nosso sistema de saúde”, avalia Patriota.

Gonzaga Patriota lembra que, em 2013, o programa Mais Médicos levou 15 mil médicos para as áreas onde faltavam profissionais. Esse programa chegou, até 2017, a ter 18.240 médicos, garantindo acesso a 63 milhões de pessoas, em 4.058 municípios. “O Programa Mais Médico conduziu em torno de 15 mil médicos para municípios do interior e periferias das grandes cidades do Brasil, onde havia carência desses profissionais. Com o fim do programa, os profissionais cubanos ficaram impossibilitados de atender pacientes. A maioria retornou a Cuba e os que ficaram foram forçados a trabalhar até em subempregos”, relata Gonzaga Patriota.

Ainda de acordo com o deputado socialista, com a formatação do novo programa, não houve espaço para os médicos cubanos que ficaram no Brasil – a não ser que eles consigam convalidar seus diplomas no país. “Nesse novo programa só serão admitidos médicos com inscrição nos Conselhos de Medicina, que tenham seus diplomas legalizados – formados em universidades brasileiras ou que tenham feito o revalida e possuam os diplomas do exterior. É claro que essa nova regra dificulta a permanência dos médicos cubanos que têm ajudado muito a população brasileira, principalmente porque eles vão para onde os médicos brasileiros não querem ir”, disse Patriota.

O socialista também lembrou que com o início da pandemia, o Ministério da Saúde lançou um edital que flexibilizou as exigências e encontrou na recontratação dessa mão-de-obra, uma forma de suprir vagas abertas de forma emergencial. “O Ministério da Saúde recontratou 523 médicos cubanos dentro do programa Mais Médicos para suprir a alta na demanda por atendimento devido à pandemia do coronavírus. Os profissionais atuam em 354 municípios, onde foram detectadas escassez de equipes especializadas. Isto, é claro, evidencia seu equívoco”, explica o deputado socialista.

Segundo Patriota, existem vagas ociosas por conta das constantes desistências de médicos brasileiros admitidos no programa Médicos pelo Brasil, para trabalhar nos municípios mais vulneráveis do país e relata dificuldades em obter informações mais detalhadas sobre o programa. “O Médicos pelo Brasil é tudo muito bonito e teórico, mas não tem funcionado”, disse Patriota. Informações sobre o programa é difícil até mesmo no site do Ministério da Saúde. Esse é um quadro que poderia ter sido evitado, se o atual governo tivesse um mínimo de bom senso em favor da população pobre do nosso país.

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