Fernando Bezerra pede urgência na regulamentação de Uber

Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) apresentou no Senado, requerimento para que a Casa analise e vote, em regime de urgência, a regulamentação nacional do transporte remunerado privado de passageiros e de aplicativos relacionados a este tipo de serviço, como o Uber e os taxis convencionais, entre outros. O pedido do senador foi formalizado durante audiência pública conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia (CCT), de Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Serviço de Infraestrutura (CI) do Senado que, nesta quarta-feira, debateram três proposições sobre este tema: o PLC 28/2017 – originário da Câmara por iniciativa do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e que encontra-se em estágio de tramitação mais avançado no Congresso Nacional – e os projetos de lei do Senado (PLSs) 530/2015, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), e 726/2015, proposto pelo senador Lasier Martins (PSD-RS).

“Não queremos parar a utilização dos aplicativos e plataformas. Muito pelo contrário”, ressaltou Fernando Bezerra. “As tecnologias são bem-vindas. Mas, é necessário avançarmos na regulamentação deste serviço, tanto sob o aspecto das condições de trabalho dos motoristas quanto em relação à segurança dos usuários”, defendeu o vice-líder do governo no Senado.

No entendimento de Bezerra Coelho, o transporte privado de passageiros deve ser tratado como um serviço público e para o qual é preciso, entre outras exigências técnicas, a contratação de seguro. “A exemplo do que estão obrigados os taxistas (convencionais) e as empresas que fazem transporte coletivo, como ônibus e vans”, observou. “Se acontecer um acidente, é o seguro que vai custear a assistência aos passageiros e ao motorista”, acrescentou o senador.

Para Fernando Bezerra, a análise e o amadurecimento das matérias devem ser conduzidos “com equilíbrio” entre o interesse dos usuários e o dos condutores. “Não dá para tratarmos esta discussão como a lei do mais forte”, afirmou.

Conforme ilustrou o senador, existem quatro veículos vinculados ao Uber para cada taxista (convencional), no estado de Pernambuco. “Como se pode remunerar esta atividade com uma concorrência massiva como esta e sem nenhum tipo de regulamentação?”, questionou Fernando Bezerra Coelho.

Além de representantes de associações e cooperativas de condutores de taxi, Uber e outros aplicativos, foram convidados ao debate de hoje, especialistas do governo (ministérios da Justiça e da Fazenda), do Conselho de Defesa Econômica (Cade), da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB). O vereador de Recife (PE), Aerto Luna (PRP); o presidente da Cooperativa Novo Taxi de Pernambuco, Flávio Fortunato; e o presidente da Câmara Municipal de Olinda (PE), vereador Jorge Federal (PR-PE), também participaram da discussão.

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